Justiça afasta servidor do Ministério do Desenvolvimento por desvios na PB
O afastamento foi determinado na quarta-feira, 17, pelo juiz Thiago Batista de Ataíde, da 14.ª Vara Federal da Paraíba, a pedido dos investigadores. A Polícia Federal chegou a requerer a prisão preventiva, mas não obteve aval do Ministério Público.
“Embora haja indícios de que tenha auxiliado a suposta organização criminosa, através da vistoria de obras e aprovação de projetos, tenho que não se mostra necessária a sua prisão, posto que a ordem pública pode ser resguardada por medida mesmo gravosa, como bem destacado pelo próprio MPF. Ademais, não há provas de que esteja concorrendo em práticas ilícitas na atualidade, sendo desnecessária a prisão”, concluiu o juiz.
Procurado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento informou que exonerou o servidor.”Tão logo tomou conhecimento dos fatos, o Ministro do Desenvolvimento Regional determinou a exoneração do servidor investigado e a instauração de procedimentos internos de apuração de responsabilidades, tanto administrativos como disciplinares”, diz a pasta.
Mamede é assessor técnico na Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, onde foi operacionalizado o ‘tratoraço’, esquema de compra de apoio parlamentar relevado pelo Estadão.
A investigação aponta o servidor como ‘braço burocrático’ da organização criminosa que teria usado empresas de fachada para fraudar licitações e desviar dinheiro de obras públicas executadas por meio de convênios entre o Ministério do Desenvolvimento e municípios paraibanos. De acordo com a PF, ele teria usado o cargo para beneficiar o grupo investigado em vistorias e na aprovação de projetos.
COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
“O Ministério do Desenvolvimento Regional informa que não compactua com nenhum ato ilícito e que está colaborando com os órgãos de controle para a apuração dos fatos investigados no âmbito da operação Bleeder, conduzida pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União.
Tão logo tomou conhecimento dos fatos, o Ministro do Desenvolvimento Regional determinou a exoneração do servidor investigado e a instauração de procedimentos internos de apuração de responsabilidades, tanto administrativos como disciplinares.”
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