Japão confirma o primeiro caso de covid-19 no revezamento da tocha olímpica
Os organizadores se comprometeram a trabalhar com as autoridades médicas japonesas para “adotar as precauções necessárias e organizar um revezamento da tocha seguro”. Os Jogos Olímpicos têm a cerimônia de abertura programada para o dia 23 de julho e a de encerramento em 8 de agosto.
Este é o primeiro caso registrado no revezamento da tocha olímpica, que em algumas etapas teve a presença do público vetada pelo temor de propagação do novo coronavírus. A cidade histórica de Kioto é mais uma que reluta a participar no evento e, segundo a imprensa local, as autoridades municipais exigirão que o revezamento não aconteça em vias públicas.
Na semana passada, o revezamento da tocha na cidade de Osaka aconteceu em um circuito fechado em um parque, sem a presença de público. Okinawa, no sul do Japão, e Matsuyama, na região oeste, cancelaram as etapas do revezamento devido ao aumento de casos de covid-19.
O Comitê Organizador insiste que o revezamento da tocha, que envolve quase 10.000 pessoas que atravessam os 47 departamentos do Japão, acontece de forma segura, com medidas estritas de combate ao vírus. Mas também advertiu que etapas do revezamento poderiam ser suspensas em caso de aglomeração. O evento começou no dia 25 de março na cidade de Fukushima, na região nordeste do país.
ESTADO DE EMERGÊNCIA – Tóquio vai voltar ao estado de emergência nesta sexta-feira. Nas últimas 24 horas, a cidade registrou 843 novos casos do novo coronavírus, o maior número desde janeiro. O primeiro ministro do Japão, Yoshihide Suga, afirmou que a medida de controle da covid-19, que deve durar entre duas e três semanas, não vai ter impacto nos Jogos Olímpicos.
“Não acredito que vá afetar as Olimpíadas. Como governo, nós pretendemos dar tudo de nós para garantir a segurança e a saúde nos Jogos”, disse Suga.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) apoia o estado de emergência em Tóquio. Presidente da entidade, o alemão Thomas Bach reforçou a confiança no governo japonês e não viu relação da medida com a Olimpíada. “O governo japonês quer evitar uma disparada de casos e o COI apoia isso. Mas os preparativos estão em andamento e estamos operando em velocidade máxima para entregar os melhores Jogos Olímpicos”, afirmou.
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