Incubada do PTI-BR desenvolve tecnologia de controle de qualidade para produção de peixes
O mercado brasileiro de piscicultura vem crescendo muito nos últimos anos. Em 2020, a produção de peixes no Brasil atingiu 802.930 toneladas, com receita de mais de R$ 8 bilhões. É uma área que gera cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos.
O Paraná é líder absoluto em produção de peixes de cultivo no Brasil e vem há vários anos consolidando uma posição de destaque no cenário internacional, mesmo no período de pandemia.
Foi avaliando esse cenário que Samuel Behling e Régis Manzke criaram a startup Acqua Fish, uma das novas incubadas no Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR). A startup desenvolveu um equipamento que traz maior eficiência, economia e produtividade para os produtores peixes de cultivo.
Behling e Manzke observaram que muitos produtores não têm um sistema de trabalho tecnológico, tendo que realizar todos os procedimentos de forma manual. “Nosso equipamento é capaz, a partir de um sistema de automação com sondas, de checar o oxigênio da água, O pH (medida do grau de acidez ou alcalinidade), a temperatura, entre outros dados, tudo isso em tempo real”, explicou Samuel Behling, CEO da Acqua Fish.
“Além das medições, o sistema permite que o piscicultor possa acessar os dados de produção, criando comparativos entre os tanques, reduzindo custos e aumentando a conversão alimentar. Outro ponto a se destacar é o processo de acionamento remoto ou conforme programação (observando o oxigênio na água) dos aeradores (equipamentos que preservam a qualidade da água a partir da oxigenação adequada do tanque), aumentando a vida útil dos equipamentos”, disse o CEO da Acqua Fish.
Segundo Behling muitos produtores precisam ir até o açude para fazer as medições necessárias, muitas vezes feitas no “olhômetro”, para o controle de qualidade. Com o equipamento desenvolvido pela Acqua Fish, é possível acompanhar todo o processo a distância, em tempo real, gerando mais comodidade e qualidade de vida.
“O produtor não precisa mais acompanhar presencialmente a produção. Ele pode ligar o aerador remotamente, pelo celular ou computador em qualquer lugar do mundo, bastando apenas ter acesso à internet”, disse Behling.
A tecnologia também permite economia nos gastos com energia já que o controle é mais preciso e eficiente. “No trabalho manual, o produtor liga o aerador às 18h00 e só desliga às 8h00 do dia seguinte. No equipamento de automação, o aerador será acionado apenas no momento que houver uma redução no oxigênio, ou sendo ligado e desligado conforme programação realizada pelo operador. Se contar o número de horas, de tanques e a quantidade de aeradores do produtor, a economia pode ser muito grande”, comentou.
O SALTO DE QUALIDADE NA INCUBAÇÃO – De acordo Samuel Behling, a participação da Incubadora Santos Dumont do PTI está sendo muito importante para o crescimento da empresa nos primeiros 6 meses de parceria. “O apoio, as mentorias, os cursos de qualificação estão sendo fundamentais. Mas o mais importante é que temos pessoas no PTI que trabalham conosco. O PTI não é um mero participante, ele vive com a gente este projeto, ele quer que esse projeto dê certo tanto quanto nós queremos. Isso é fantástico! Esses primeiros meses não poderiam ter sido melhores”, ressaltou.
Para Rodrigo Régis, diretor de Inovação e Negócios do PTI-BR, o Parque Tecnológico incentiva às empresas incubadas na Santos Dumont, a desenvolver soluções de um problema real de mercado, aplicando um modelo de negócio inovador.
“Nossos analistas de negócios acompanham e orientam as startups para sua melhor performance. Implementamos uma metodologia de desenvolvimento de negócios onde transformamos uma ideia em modelo de negócio inovador. Para isso, realizamos treinamentos, assessorias, mentorias empresariais e oferecemos todo o suporte. Desejamos que essas startups incubadas transformem positivamente a nossa região”, disse Rodrigo Régis.
FOZ DO IGUAÇU
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