Hospital Bom Jesus tem alto índice em captação de órgãos
A vida segue sempre que possível. A vida segue sempre que a medicina consegue fazer sua parte.
A vida segue sempre que possível. A vida segue sempre que a medicina consegue fazer sua parte. A vida segue sempre que existe o ‘sim’. Um pulmão que ajuda outra pessoa a respirar. Um coração que bate em outro peito. Um rim que ajuda a filtrar outro sangue. A doção de órgãos permite que o ‘milagre’ da vida aconteça para aqueles que contam com a esperança.
A manhã de terça-feira (5), foi de ajudar a salvar vidas na Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp) – entidade mantenedora do Hospital Bom Jesus – com a realização de uma captação múltipla de órgãos. A família que perdeu um ente querido disse ‘sim’ para a doação e concretizou um ato de amor e solidariedade.
“O doador tinha 58 anos e sofria de uma doença comum nos dias de hoje: hipertensão arterial sistêmica, também conhecida como ‘pressão alta’”, relata o coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do Hospital Bom Jesus, Itamar Weiwanko. “Ele não estava em tratamento e sofreu um AVC hemorrágico – Acidente Vascular Encefálico – acometido na região central do cérebro e acabou sendo diagnosticado com morte cerebral”.
Após o diagnóstico confirmado – com a realização do cumprimento do protocolo – a família recebeu a notícia do ocorrido. “A equipe do Hospital Bom Jesus lamenta a perda e reconhece a importância da família em optar pela doação”, destaca Weiwanko ao comentar se tratar de uma família estrangeira – do Paraguai.
CUMPRIMENTO DO PROTOCOLO – Com a confirmação a equipe médica atua no cumprimento do protocolo e comunica a Organização de Procura de Órgãos (OPO) sobre a situação do paciente. A Central de Transplante também passa a acompanhar o trabalho. Após a confirmação da morte encefálica e a família apresentar uma resposta favorável, a equipe inicia o procedimento de doação.
A equipe da Cihdott fez a abordagem da família – a conversa ocorre em uma sala com privacidade para que os familiares possam esclarecer as dúvidas e tomarem a decisão. Weiwanko pontua que a família entendeu que com a doação dos órgãos, o ente querido pode ajudar a salvar outras vidas.
CAPTAÇÃO MÚLTIPLA DE ÓRGÃOS – Todo o processo de captação contou com o apoio e trabalho de aproximadamente 100 profissionais. Foram captados os dois rins, o fígado, as duas córneas e o coração. “Neste ano, a equipe da Cihdott realizou 22 protocolos e obteve 20 autorizações. Com o sim das família tivemos 20 captações múltiplos órgãos. O ato demonstra a importância em ajudar o próximo, pois, são mais de 3.600 pessoas na fila que aguardam por um órgão no Estado do Paraná”.
O ‘SIM’ QUE AJUDA A SALVAR VIDAS – Os principais impedimentos em relação ao consentimento da família estão relacionados a falta de conhecimento sobre a vontade do ente querido e os procedimentos da captação dos órgãos. O desejo da família é respeitado. A diferença entre doar ou não doar e saber que a pessoa especial partiu, mas um ‘pedacinho’ dela pode salvar outra vida. Somente quando a família autoriza o procedimento é realizado e o corpo do doador fica intacto.
“Agradecemos em nome do Hospital Bom Jesus, da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) e daqueles que receberam os órgãos a família que disse ‘sim’ pelo solidário ato de ajudar o próximo”, conclui o coordenador da Cihdott do Hospital Bom Jesus, Itamar Weiwanko.
Da Redação
TOLEDO