Guedes, sobre o FMI: Que eles vão fazer as previsões deles em outro lugar
Guedes, que vem se empenhando em desqualificar as previsões do organismo multilateral para a economia brasileira já há algum tempo, disse inclusive que vai desmontar em junho do ano que vem o escritório representativo do FMI no Brasil.
Estas declarações do ministro foram feitas durante uma rápida entrevista coletiva que ele concedeu à imprensa, ao lado do seu colega da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, após terem participado de evento na Fiesp, onde também estiveram outros ministros e o presidente Jair Bolsonaro.
No evento, Guedes já havia feito criticas ao FMI alegando que o organismo havia previsto queda de 10% do PIB Brasileiro no ano passado e recuo de 4% para a economia inglesa. No fim, segundo ele, a economia brasileira caiu 4% e a inglesa, 9,2%.
“Que eles vão fazer as previsões deles em outro lugar”, disse o ministro, para quem o FMI já fez o que tinha que fazer no Brasil e que já poderia ter ido embora. E emendou que “só não foi embora porque talvez gostem do futebol, da feijoada e de bom papo”.
“Eu não li a reportagem, mas fiquei sabendo das críticas de um ex-presidente do Banco Central. Eu vou falar, é o Ilan Goldfajn. Ele é um amigo, mas em época de política todo mundo critica e o Ilan também tem o direito de criticar. Mas já que tem um brasileiro que critica o Brasil indo para o FMI, ele não precisa mais ficar aqui”, disparou Guedes.
O ministro reconheceu por diversas vezes durante o tempo em que permaneceu na Fiesp que o próximo ano será difícil para a economia brasileira porque “estaremos combatendo a inflação”.
Mas de acordo com ele, não é também para jogar a economia brasileira para baixo porque tem elementos que vão compensar em parte o que a economia vai deixar de crescer pelo fato de o Banco Central estar elevando a taxa de juros para combater a inflação.
Ele citou como um dos elementos que vão contrabalançar a desaceleração da economia no ano que vem a renovação dos marcos regulatórios que vai assegurar investimentos de R$ 700 bilhões em dez anos, ou R$ 70 bilhões por ano a partir de 2022.
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