GP da Bélgica tem só quatro voltas, vitória de Verstappen e pontuação pela metade

O GP da Bélgica de Fórmula 1 de 2021 entrará para a história como a corrida mais curta da história. Apesar de 3h44 de duração, durou apenas quatro voltas atrás do safety car e teve pontuação pela metade. Pole position, Max Verstappen foi decretado o vencedor, com George Russell pela primeira vez em segundo e Lewis Hamilton fechando a composição do pódio.

Por causa da forte chuva que não deu trégua o dia inteiro em Spa-Francorchamps, a direção de prova aguardou por 3 horas para uma decisão. Optou por uma corrida figurativa apenas de quatro voltas para confirmar que houve o GP e para cumprir o regulamento. A segurança dos pilotos se fez valer após forte acidente de Lando Norris no treino de semana.

“Com certeza, foi muito bom ter feito a pole position, mas não gostaria de ter ganhado dessa maneira”, lamentou Verstappen. “Mas achei que estava muito perigoso, com visibilidade baixa. É uma vitória, mas o crédito vai para os fãs que enfrentaram chuva, vento e frio.” Russell e Hamilton também agradeceram os fãs e pediram desculpas por não ter ocorrido a prova. “Não conseguíamos ver a cinco metros, impossível ter a prova”, seguiu Hamilton.

Com a pontuação pela metade, a vantagem de Hamilton na liderança baixou de sete para três pontos. O inglês da Mercedes foi para 202,5 diante de 199,5 do holandês, que pode resgatar o primeiro lugar no Mundial de Pilotos em casa. No próximo domingo ocorre o GP da Holanda.

A chuva que castigou o treino de classificação marcou forte presença neste domingo e fez estragos antes mesmo da largada. Na volta para se posicionar no grid, o mexicano Sérgio Perez perdeu o controle e foi parar na proteção de pneus com seu carro da Red Bull. Queria comemorar a renovação com a equipe e na escapada estava fora da prova.

Por questão de segurança, a direção da prova optou pela largada atrás do safety car. A volta de apresentação atrasou em 25 minutos e assim que iniciou, Hamilton já reclamou pela rádio que “estava escorregando muito”. Depois de bater forte no treino, a bronca de Lando Norris era pela falta de visibilidade. O pronunciamento dos pilotos era unânime: não dava para ter a largada. Após duas voltas de aquecimento, a bandeira vermelha suspendeu a prova.

Foram três horas e 17 minutos de espera para “apenas” 60 minutos de disputa. Por causa do longo tempo de pausa, Perez teve a possibilidade de voltar ao grid. Estava em último. Com muita festa nas arquibancadas, o público que não desistiu de ver a corrida festejava ver os carros novamente na pista. Foram, porém, somente quatro voltas para registrar que teve a prova e logo a bandeira vermelha novamente entrou em ação.

A direção ainda cumpriu os protocolos de pódio, com hino holandês para Verstappen e da Áustria para a Red Bull, troféus e festa gigantesca de George Russell com seu “resultado histórico”. Os pilotos brindaram com champanhe numa cerimônia constrangedora e esperam correr de verdade na Holanda daqui sete dias.

Veja a classificação do GP da Bélgica:

1º) Max Verstappen (HOL/Red Bull)

2º) George Russell (GBR/Williams)

3º) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes)

4º) Daniel Ricciardo (AUS/McLaren)

5º) Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin)

6º) Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri)

7º) Esteban Ocon (FRA/Alpine)

8º) Charles Leclerc (MON/Ferrari)

9º) Nicholas Latifi (CAN/Williams)

10º) Carlos Sainz (ESP/Ferrari)

11º) Fernando Alonso (ESP/Alpine)

12º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes)

13º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo)

14º) Lando Norris (GBR/McLaren)

15°) Yuki Tsunoda (JAP/AlphatTauri)

16°) Mick Schumacher (ALE/Haas)

17º) Nikita Mazepin (RUS/Haas)

18º) Lance Stroll (CAN/Aston Martin)

19º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo)

20°) Sergio Pérez (MEX/Red Bull)

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