Fiocruz: casos suspeitos de pacientes da Baixada Fluminense não são ‘vaca louca’

Os dois pacientes internados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz), no Rio de Janeiro, não têm suspeita de estarem com a “doença da vaca louca” e sim com outro mal, chamado Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), segundo a Fiocruz informou em nota na tarde desta quinta-feira, 11. Essa doença não tem relação com o consumo de carne. Inicialmente, as autoridades suspeitaram que pudesse se tratar de casos da “vaca louca”.

Os pacientes (uma pessoa moradora de Belford Roxo e um homem de 55 anos morador de Duque de Caxias, ambos municípios da Baixada Fluminense) estão internados no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 do Instituto Nacional de Infectologia e, segundo nota divulgada pela Fiocruz e assinada pelo vice-diretor de Serviços Clínicos do INI, Estevão Portela Nunes, “considerando os aspectos clínicos e radiológicos”, a suspeita é de DCJ e não de “doença da vaca louca”.

Segundo nota emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, também na tarde desta quinta-feira, “a maior incidência da Doença de Creutzfeldt-Jakob ocorre de forma esporádica e tem causa e fonte infecciosas desconhecidas”. Ainda segundo a pasta, entre os anos de 2005 e 2014 foram notificados no Brasil 603 casos suspeitos da doença de Creutzfeldt-Jakob.

Existe uma variante da DCJ que é causada pelo consumo de carne bovina contaminada e é considerada a versão atual da doença da vaca louca em humanos, mas, segundo o Ministério da Agricultura, “desde que a vigilância da DCJ foi instituída no Brasil, nenhum caso da forma vDCJ foi confirmado” no País.

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