A FIFA, órgão que rege o futebol mundial, fez declarações falsas e enganosas sobre o impacto ambiental reduzido da Copa do Mundo de 2022 no Catar, segundo um órgão regulador suíço. A “Swiss Fairness Commission”, um órgão auto-regulador da indústria de publicidade e comunicação, investigou as alegações e emitiu recomendações à FIFA.
A comissão aconselhou a FIFA a não fazer “reivindicações infundadas” no futuro e destacou que os reclamantes geralmente implementam voluntariamente suas recomendações. A FIFA afirmou estar “totalmente ciente” do impacto ambiental de seus eventos e que tem feito “esforços substanciais” para lidar com esses impactos. A entidade está analisando os motivos da recomendação da comissão e pode recorrer.
Denunciantes de diversos países, incluindo Suíça, França, Bélgica, Reino Unido e Holanda, afirmaram que a FIFA fez “declarações falsas” em suas comunicações sobre a neutralidade de carbono na Copa do Mundo, A Climate Alliance, uma rede de grupos que lançou a denúncia, estava preocupada com o impacto ambiental da construção de estádios com ar-condicionado e as emissões de carbono geradas pelos torcedores que viajaram para o torneio.
Em sua decisão, a comissão afirmou que não se deve alegar que as metas de sustentabilidade foram alcançadas se não houver métodos definitivos e geralmente aceitos para medi-las ou garantir que as medidas tenham sido implementadas. “A FIFA não foi capaz de fornecer provas de que as alegações eram precisas durante o processo, conforme exigido pela comissão”, afirmou.
Raphael Mahaim, do grupo Advogados pelo Clima, disse estar satisfeito com a decisão que, segundo ele, expôs o “greenwashing” da FIFA. “A FIFA disse que estava levando a sério a mudança climática e levando o crédito por isso, e isso não era verdade”, disse Mahaim.
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