Fifa e FifPro fazem contatos com governos para tirar jogadores do Afeganistão
A entidade alega que os atletas foram defensores dos direitos humanos no Afeganistão após a derrubada do regime do Taleban em 2001 por uma invasão militar liderada pelos Estados Unidos. A situação das jogadoras causa ainda mais preocupação, já que os uniformes usados para a prática do futebol não estariam de acordo com a visão que o grupo tem do Islamismo.
“Como ativistas, estamos muito preocupados com os atletas que, por muitos anos, foram defensores francos da melhoria dos direitos humanos no país. Nos últimos dias, a FifPro esteve em contato com os governos para estabelecer um plano de evacuação para atletas em risco. O ponto central desse esforço de resgate é o objetivo de levar o maior número possível de pessoas à segurança”, afirmou a entidade em publicação.
“Estamos trabalhando com o FIFpro”, explicou Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa. Segundo a dirigente, uma evacuação parecida já foi feita no passado e poderia ser feita novamente, embora ainda falte avaliar o número de jogadores e jogadoras que desejam deixar o país.
Uma tragédia envolvendo um jogador de futebol já aconteceu: Zaki Anwari, atleta de 19 anos que jogava pela seleção de base do Afeganistão, morreu após tentar se agarrar num avião dos Estados Unidos. O jogador acabou não conseguindo se segurar e morreu ao cair no solo.
A capitã da seleção feminina do Afeganistão, Shabnam Mobarez, pediu ajuda da Fifa nas redes sociais para que as jogadoras do País possam sair. “Precisamos agir para salvar minhas colegas de time. Elas são minhas irmãs”, escreveu Mobarez, que vive nos Estados Unidos.
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