Estudantes de Toledo vão para Laboratório Flutuante
Os estudantes do curso de Engenharia de Pesca do campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) saem neste final de semana para uma atividade de ensino no Laboratório de Ensino Flutuante (LEF) – Ciências do Mar I. Ao todo, 11 alunos (acompanhados dos professores Pitágoras Augusto Piana, Thaís Souto Bignotto, e Tatiane Mary Gogola) embarcam no Porto de Paranaguá.
A atividade é coordenada pelo Comitê Executivo para a Formação de Recursos Humanos em Ciências do Mar (PPGMar), da Marinha do Brasil e tem como objetivo fortalecer a formação de recursos humanos qualificados para promover o conhecimento sobre os componentes, processos e recursos dos ambientes marinho e costeiro.
O coordenador do curso de Engenharia de Pesca da Unioeste, Pitágoras Augusto Piana, afirma que no LEF estão disponíveis equipamentos de bordo que serão utilizados para coletas de dados bióticos e abióticos por todos os estudantes, em transectos perpendiculares à linha da costa até no máximo a isóbata de 100 m de profundidade. Pelo menos dois transectos serão desenhados pelos estudantes e, em cada transecto, pelo menos 5 estações de coleta serão realizadas. Devido a padronização com outras Instituições de Ensino Superior que também utilizam o LEF para embarque de seus alunos, as profundidades definidas para os locais de coleta são cerca de 10, 25, 50, 75 e 100 m.
Piana fala que na prática embarcada abrangem coletas de dados com equipamentos nos seguintes assuntos: Meteorologia, Salvatagem, Navegação, Hidroacústica, Física da água, Química da água, Geologia Marinha, Fito e Zooplâncton, Organismos Bentônicos, Observação de Aves e Mamíferos e Apetrechos de Pesca.
Outra atividade que os estudantes irão desempenhar no LEF é a triagem dos indivíduos capturados, com identificação da espécie, tomadas de medidas e peso corporal. Após isto os organismos são devolvidos ao mar, sendo alguns exemplares retidos para estudos laboratoriais na Universidade. Os dados coletados são anotados em planilhas e os alunos deverão elaborar, posteriormente, relatório sobre as atividades desenvolvidas.
O professor avalia que a atividade proporciona aos acadêmicos a vivência prática dos conteúdos teóricos abordados nas salas de aula. “Existe um amplo ramo de atuação do profissional Engenheiro de Pesca relacionado a ambientes marinhos, como a navegação, a pesca e a maricultura, por exemplo”. Este é um daqueles momentos em que os acadêmicos se veem frente a frente com atividades que podem vir a se tornar suas áreas de atuação profissional, especificamente àquelas relacionadas aos ambientes marinhos, uma vez que o nosso curso, por estar situado no Oeste do Paraná, tem um forte perfil voltado às águas continentais: rios, reservatórios e cultivos de peixes e camarões em águas interiores”, explica.
O estudante do curso de Engenharia de Pesca, Felipe Pessetti Peron, fala que esta é uma oportunidade de aprender sobre as pesquisas e o trabalho embarcado em alto-mar. Peron conta que seu objetivo nessa viagem é aprender o máximo possível sobre as espécies marinhas e, futuramente, transmitir esse conhecimento aos colegas que ainda não participaram do LEF. “Nessa atividade podemos ter contato com espécies que não vimos no cotidiano prático do curso. E, se um dia vermos a exercer uma atividade costeira, podemos contar com o aprendizado que teremos agora”, avalia Peron.
TOLEDO