Esposa conta que Zanardi deixou hospital após 18 meses e faz recuperação em casa
A informação da saída de Zanardi do hospital foi dada nesta segunda-feira pela sua esposa Daniela, que disse que a família está “muito feliz” com o retorno do ex-piloto para casa, mas não descartou que o italiano precisará voltar para as clínicas em algumas ocasiões para dar prosseguimento ao processo de reabilitação.
“Estávamos esperando por muito tempo para que isso acontecesse e estamos muito felizes que tudo foi possível agora. No entanto, ele ainda precisará voltar para as clínicas especializadas para realizar os tratamentos específicos de reabilitação. O caminho ainda é longo e nenhuma previsão pode ser feita, mas Alex se mostra um verdadeiro lutador”, disse Daniela em uma entrevista ao site de esportes a motor da BMW, marca da qual o ex-piloto é embaixador.
Em um evento no Auditorium Parco della Musica, em Roma, Luca Pancalli, presidente do Comitê Paralímpico Italiano (CIP, na sigla em italiano), afirmou que a notícia foi o “melhor presente” que poderia ter recebido. “É o melhor presente que poderíamos ter recebido. Ele nos da esperança de ver a serenidade na família de Zanardi e sucessos em sua recuperação”, comentou.
Assim como Pancalli, o presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni, na sigla em italiano), Giovanni Malagò, celebrou o retorno de Zanardi para casa. “É uma notícia maravilhosa e ela veio em um dia que vamos coroar os atletas que fizeram tanto pela nossa grande Itália. É a força do esporte que nos permite ter Alex Zanardi entre nós”, declarou.
Durante um evento de paraciclismo na província de Siena, Zanardi perdeu o controle de sua handbike e se chocou violentamente contra um caminhão que subia no sentido oposto da pista. Desde então, o italiano passou por diversas cirurgias no rosto e na cabeça.
Protagonista de uma das maiores histórias de superação do esporte moderno, Zanardi foi bicampeão da antiga CART (hoje Fórmula Indy) e correu em cinco temporadas na Fórmula 1, a última delas em 1999, pela equipe Williams.
Ao retornar para a CART, em 2001, sofreu um grave acidente no circuito oval de Lausitz, na Alemanha, e teve as duas pernas amputadas, mas nunca desistiu das corridas. Ele começou a competir no paraciclismo em 2007 e colecionou pódios, alcançando três medalhas paralímpicas nos Jogos de 2012, em Londres, e três em 2016, no Rio de Janeiro.
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