Distanciamento social e uso de máscara reduzem em 99% os casos de sarampo em SP
Sem deixar de lado as estratégias de imunização contra a doença, a pasta atribui a queda ao uso de máscaras, obrigatório no Estado. Assim como o coronavírus, o vírus do sarampo é transmitido por via respiratória.
A infecção acontece por gotículas de saliva com partículas do patógeno dispersas em aerossol, o que favorece a transmissibilidade – cada infectado pode transmitir para até 18 pessoas. Segundo a médica da Divisão de Imunização da secretaria Helena Sato, o isolamento social e o incentivo à higienização das mãos e ambientes também contribuíram para reduzir a circulação da doença em 2021.
Os cinco casos foram registrados em São Bernardo do Campo, Campinas, Americana, Altinópolis e na capital paulista. Todos ocorreram em crianças de até nove anos, sendo que nenhuma delas tinha esquema vacinal completo. Não houve óbitos. No ano passado, até 10 de agosto, foram 772 casos e um óbito. No decorrer de todo o ano, houve 883 casos em todas as regiões do Estado.
A aplicação da vacina tríplice viral deve acontecer na faixa de 6 a 11 meses de idade. Pessoas mais velhas também podem receber as doses caso não tenham sido contempladas quando bebês. Em 2019, campanhas de imunização foram realizadas com foco na população adulta e resultaram em 4,7 milhões doses aplicadas. O mesmo aconteceu em 2020, com 2 milhões de aplicações nesse público.
O pico de circulação da doença, porém, aconteceu em 2019, quando foram registrados 17.976 casos e 18 mortes. Naquele ano, 80% dos infectados e 61% dos óbitos correspondiam não a crianças, mas a pessoas com até 29 anos. Em 2020, esse grupo respondeu por 38% dos casos.
A diferença entre os balanços de 2019 e 2020 demonstra os resultados obtidos pela intensificação da vacinação, que resultou na queda de prevalência da doença entre o público adulto.
Nos últimos anos, os índices de imunização em crianças com até 12 meses têm ficado abaixo do necessário – a cobertura foi de 85% em 2020 e de 91% em 2019. Segundo Sato, a meta de cobertura vacinal contra a doença é de 95%.
“Assim como ocorre com outras doenças, somente a conclusão do esquema vacinal garante a devida proteção”, diz. Além de ser altamente transmissível, o sarampo pode evoluir para casos graves e ocasionar complicações sérias, como pneumonia, encefalite e óbito. A pessoa infectada pode apresentar tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e manchas avermelhadas na pele.
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