Disforia puerperal: como encarrar o pós-parto
O pós-parto, geralmente, é um período delicada para a mamãe. Diante de um cenário ainda de pandemia, é preciso atenção da mulher e seus familiares para que seja procurado atendimento especializado se necessário para problemas mais graves sejam evitados.
“A disforia puerperal também conhecida como baby blues é caracterizada por um estado de labilidade (instabilidade emocional) transitório”, pontua psicóloga, Jane Patti. “Essa condição afeta em média 85% das mulheres no puerpério e isso ocorre geralmente entre o terceiro ao quadragésimo quinto dia após o parto”.
Segundo a profissional, a disforia puerperal pode ser desencadeada devido a oscilação hormonal, amamentação, cansaço, desordem intestinal, privação de sono, entre outras mudanças que ocorrem após a gestação e o parto. Ela contextualizada que o cenário de maneira geral é similar, mas cada mulher vive o momento de forma diferente e isso também ocorre devido as particularidades de cada uma.
REAÇÃOS DO PROCESSO – Os principais sintomas, citados por Jane, são sentimentos ambivalentes como estresse, instabilidade emocional, irritabilidade, entre outros. Ela alerta que essa disforia puerperal é notável diante da falta de adaptação da nova rotina e que precisa receber a atenção necessária.
“Ainda não tenho estudos publicados sobre os impactos da pandemia em relação ao baby blues. É natural que durante o pós-parto, em algum período, a mulher tenha algum quadro de disforia puerperal, contudo, diante dos impasses gerados pela pandemia, como o aumento de casos de ansiedade, é possível que as mulheres no pós-parto possam sofrer algum tipo de impacto”, declara.
CUIDAR DA SAÚDE – Jane pontua que o baby blues não é considerado um transtorno psiquiátrico, além disso, não costuma ultrapassar 45 dias. “Para algumas, este é um longo período, para outras é vivido de forma mais pacífica. Fato é que é algo natural. O importante é estar atenta aos sinais e contar com o apoio e a observação dos familiares e pessoas próximas para que diante da necessidade essa mulher receba ajuda”, finaliza ao reforçar a importância dos atendimentos especializados.
Da Redação