Dia Mundial de Combate à Poliomielite marca a importância em vacinar
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Brincar, correr ou andar de bicicleta são atividades que fazem a felicidade das crianças. No entanto, a paralisia infantil pode interromper essa alegria na infância. Neste contexto, a vacina de poliomielite ocupa um papel fundamental na saúde dos pequenos. Para marcar tal importância, 24 de outubro é reservado ao Dia Mundial de Combate à Poliomielite.
A doença é causada pelo poliovírus e chamada também de paralisia infantil que afeta crianças menores de quatro anos e adultos. O diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo Fernando Pedrotti explica que a principal forma de proteção é a vacina, porque não há tratamento específico.
Ele complementa que as vacinas são importantes, especificamente, a contra a poliomielite. “A criança uma vez acometida pelo vírus, a doença poderá evoluir para óbito, por paralisia da musculatura (a incapacidade de movimentar os membros) ou a paralisia da musculatura respiratória (podendo levar a morte)”.
O diretor salienta que as sequelas da doença são para toda vida. “Perdemos a vida ou temos comprometimentos por toda vida. É importante considerarmos esse momento, principalmente, quando temos filhos pequenos. Porque essa é a janela de oportunidade para proteger as crianças”.
A publicitária Jéssica Nunes Cogo é mãe de Maria Cecília Nunes de Azevedo, de um ano de idade. Para ela, vacinar a sua filha e as crianças é um ato de amor e é importante para a saúde delas. “Atualmente, existem muitos estudos que mostram que as vacinas previnem muitas doenças”.
Ela pondera que desde que sua filha nasceu, nunca deixou de levar Maria Cecília para receber a vacina do mês. “Por mais que algumas vacinas possam causar dores, elas ainda são melhores para a minha pequena”.
PREVENÇÃO – De acordo com Pedrotti, todas as vacinas são essenciais, pois elas previnem doenças. “Sempre lembro que precisamos ter em mente que existem vacinas para evitar doenças graves. Não temos vacinas para doenças que não possam levar a complicações ou que não possam levar à morte”.
A vacina da poliomielite é fundamental para a criança. O diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo enfatiza que o vírus da pólio circula pelo mundo. “Exemplo: as pessoas tomam café da manhã na Ásia e podem tomar o seu próximo café no Brasil. A pessoa pode estar no país 24 horas depois e o vírus pode vir junto”, destaca.
ESTRATÉGIAS – A Regional de Saúde de Toledo promove diversas estratégias com as equipes. Uma delas é a capacitação dos profissionais responsáveis pelas salas de vacinas. “Entendemos que somos parte do processo de uma forma muito especial. Nós utilizamos a estratégia da micro territorialização. Ela consiste em ‘olhar’ para pequenos territórios ou áreas e o profissional realizar a busca ativa”, afirma Pedrotti ao complementar que a pequena área pode ser, por exemplo, a área coberta por cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) ou pode ser a busca ativa dentro de uma quadra, bairro ou região. “Os municípios identificam as pessoas para receberem a vacina. É uma estratégia utilizada para alcançar o cidadão”.
Outra estratégia utilizada nos municípios que compõem a Regional de Saúde de Toledo é a abertura da Unidade Básica de Saúde (UBS) em horários alternativos. “Assim, a população consegue acessar a Unidade e vacinar os seus filhos, pois sabemos que uma parcela dos pais tem como empecilho o horário de trabalho, entre outras questões”.
DESAFIOS – Nesta quinta-feira (24), o principal desafio dos profissionais em Saúde é fazer com a população compreenda a importância da vacina. Segundo Pedrotti, os profissionais ‘lutam’ contra as falsas notícias. “Lutamos contra pessoas com interesses nada nobres. Elas buscam confundir a população do que informar. Lutamos contra pessoas que inclusive desconhecem a sua própria ignorância. Digo isso no sentido de ignorar, de desconhecer, porque elas passam a transmitir informações de forma inadequada. Nesta semana, tive desprazer de receber um vídeo, no qual uma mãe realiza considerações sobre a Influenza do tipo ‘B’ e as repassa de maneira totalmente errada e despropositada”.
Ele enfatiza que algumas pessoas com menor conhecimento podem ser vítimas. “Isso não é informação; é a desinformação. A informação é importante, mas a pessoa precisa ter conhecimento para que consiga filtrar. O desafio está colocado. O objetivo principal é evitar a entrada de novas doenças e aumentar a cobertura vacinal. É vencer pessoas que enquanto uns trabalham elas disseminam falsas informações e, infelizmente, atingem pessoas que com a sua credibilidade, com a sua boa vontade para com os demais tendem acreditar e isso leva ao prejuízo”.
Da Redação
TOLEDO
Onde vacinar?
A vacinação contra a poliomielite está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Para ser imunizado basta comparecer à Unidade com cartão de vacina, documentos de identificação e, se possível, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Cobertura vacinal em menores de um ano (Poliomielite) em Toledo
2020 – 90,1%
2021 – 86,7%
2022 – 93,67%
2023 – 91,97%
2024 – 92,40%**
*A meta de vacinação anual é 95%
** Dados Preliminares
Fonte: Localiza SUS (Nova metodologia de cálculo vacinal a partir de janeiro de 2024)