Dia Mundial da Alfabetização: os desafios do ensino na pandemia
Na data de 8 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) – com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) – e tem o objetivo de salientar como o saber ‘ler e escrever’ contribui para o desenvolvimento social e econômico e como a alfabetização é a base da educação – um direito de todos.
“A rede de ensino é a porta de entrada para a alfabetização, isso de maneira lúdica e didática”, comenta a pedagoga, Dori Inêz. “Contudo, na prática, os primeiros contatos com as letras e esse amplo universo da leitura começa dentro de casa. Desde o início da pandemia, notamos que isso se intensificou nos lares, por uma necessidade do momento. Para algumas famílias, esse processo ocorreu de maneira tranquila, mas pelo relato da maioria foi algo difícil”.
A profissional cita que para as crianças que estavam no início do processo de alfabetização o fato de terem que mudar de maneira repentina, ou seja, do presencial para o remoto, o aprender a ler e escrever virou um desafio. Ela cita que somente o retorno, as avaliações e as análises posteriores poderão retratar o impacto que essas mudanças podem desencadear no ensino.
APOIO NO PROCESSO – “A criança deve contar com o incentivo para que o processo de alfabetização ocorra de maneira mais natural e se torno algo prazeroso. A família tem sim papel importante no aprendizado, especialmente, diante dos impasses que vivemos desde março do ano passado. Mesmo com retorno do ensino hibrido e presencial para ‘recuperar o tempo perdido’ as pessoas que convivem com as crianças devem incentivar e contribuir”, destaca.
ANALFABETISMO FUNCIONAL – Para Dori, os programas de acesso à educação básica e os planos de alfabetização aplicados no país buscam reduzir os índices de analfabetismo, contudo, ainda é preciso evoluir muito para que a realidade do analfabeto funcional possa mudar.
“No Plano Nacional de Educação (PNE) uma das metas é promover a alfabetização. A intenção do PNE é que analfabetismo venha a ser erradicado completamente até o ano 2024. Antes da pandemia, essa meta já estava abaixo do esperado, com todas as dificuldades que a Covid-19 trouxe, ficamos ainda mais longe disso acontecer. Precisamos evoluir muito para revertemos esse quadro”, conclui.
Da Redação
TOLEDO
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