Dia do Homem: sem apelo comercial a data visa incentivar os cuidados com a saúde masculina
Uma data ainda pouco divulgada, o Dia Nacional do Homem no Brasil, comemorado nesta sexta-feira (15), foi criada em 1999 com o objetivo da promoção da saúde masculina e a busca por igualdade entre gêneros. Alguns já estão mais conscientes e cuidam mais da saúde, enquanto outros continuam fugindo dos consultórios médicos.
O Dia do Homem não é apelativo no âmbito comercial, mas também não é esquecido pela mídia que, geralmente, usa a data para alertar aqueles que ainda vivem no ‘tempo da pedra’, sem cuidar da saúde, do visual e da mente.
Uma das principais causas que levam os homens a apresentarem doenças em estágio avançado na primeira consulta médica é a busca tardia pelo serviço de saúde. Geralmente, ele busca o atendimento devido a insistência da figura feminina, seja a esposa, a mãe, a namorada, a filha.
Conforme o Ministério da Saúde, através da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, é recomendado que a partir dos 20 anos de idade, o homem comece a realizar determinados exames (nível de açúcar no sangue, pressão arterial, colesterol, entre outros). Quando completam 50 anos, aqueles que possuem histórico de câncer de próstata na família, devem realizar o exame regularmente. De acordo com o histórico de saúde masculina no país, as doenças que mais atingem os homens são infarto, derrame, colesterol alto, câncer de pulmão e de próstata, pressão alta, além das doenças mentais.
“Envolve questões culturais o fato dos homens cuidarem menos da saúde. Isso acontece porque ainda existe uma parcela dos homens que acredita que a masculinidade é algo intangível, que possuem saúde de ferro, que nada pode abalar o emocional e acabando criando um mecanismo de bloqueio”, cita o psicólogo, Silvio Vailão.
O profissional alerta que os avanços em relação a saúde do homem ocorrem de maneira gradativa e que ainda é preciso avançar muito em relação a isso. “Para muitos homens ainda é um tabu falar de distúrbios psicológicos, doenças como a depressão, por exemplo, como se eles não pudessem ser atingidos por nada que venha do emocional. Diante dessa resistência, infelizmente, vemos casos em que eles deixam de procurar ajuda por vergonha do que os amigos e familiares podem pensar, contudo, quem sai perdendo é aquele que deixa de buscar o atendimento especializado adequado. É preciso ter a consciência de que o corpo e a mente precisam de cuidados”, finaliza.
Da Redação
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