Dia do Economista: profissão é versátil e tem ramificada área de atuação

Essa profissão permite atuar em diversos setores financeiros que envolve mais apenas instituições financeiras, mas também o setor de pesquisas. O Dia do Economista é celebrado na data de 13 de agosto. A classe tem importante representatividade na execução de seu trabalho.

“A profissão do economista foi criada e reconhecida em 13 de agosto 1951, pelo então presidente Getúlio Vargas. O decreto habilitou os economistas na área de economia e estatística”, relata o economista e professor da Unioeste Toledo, Jandir Ferrera de Lima. “Desde a regulamentação da profissão até os dias atuais, a classe tem a comemorar o seu reconhecimento, a sua consolidação e o seu papel para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil”.

Segundo Lima, ao longo das décadas os economistas estiveram presentes em decisões importantes para o fortalecimento da soberania nacional e para o desenvolvimento do país. Além disso, eles possuem papel em outras áreas, como administrativa e financeira nas empresas e na pesquisa acadêmica.

“A economia não é apenas aplicada na gestão financeira, apesar de estar muito associada a ela. A Ciência Econômica vai mais além, pois discute modelos de desenvolvimento econômico nas suas mais variadas dimensões, tanto no setor privado quanto público, e infere sobre políticas públicas. Atualmente, as áreas de atuação são as mais variadas. Em Toledo mesmo há economistas que discutem e atuam tanto no agronegócio como na economia do crime. Ou seja, o profissional de Ciências Econômicas tem um leque variado de atuação, além da área financeira”, destaca.

OBSTÁCULOS E CRESCIMENTO – No que se refere aos obstáculos que a classe enfrenta, o profissional cita que ainda existem desafios em relação a adaptação aos avanços da modernidade, a transformação digital e a necessidade de melhorar suas ferramentas analíticas e teóricas.

“Assim como a física, a Ciência Econômica usa elementos teóricos para explicar e modificar a realidade empírica. E isso tem desafiado os economistas na época da transição digital. Um exemplo: parte das ferramentas da economia foram construídas para monitorar e gerir a moeda convencional. Porém, mais e mais a moeda se torna digital. Uma parte dela sem lastro e controle de um Banco Central, como o Bitcoin”, enfatiza.

Lima salienta que a profissão é ainda mais importante para a compreensão da produção e distribuição da riqueza num mundo em transição. Ele aponta que como a economia é mais do que uma Ciência descritiva, ela é também prescritiva, a sociedade sempre dependerá da análise dos economistas para melhorar visualizar suas alternativas de desenvolvimento.

CIÊNCIA ECONOMICAS – Toledo conta com um curso de Ciências Econômicas na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que completa 45 anos em agosto. Lima recorda que o curso surgiu do movimento de lideranças empresariais, políticas e religiosas em 1979.

“A Faculdade de Ciências Econômicas em conjunto com seus programas de pós-graduação, bolsas e atividades de pesquisa e extensão injetam mais de R$5 milhões/ano no município de Toledo. Sem contar que possuiu docentes e discentes premiados nacionalmente e internacionalmente”, comenta.

Para o economista, apesar da importância da profissão, ela ainda precisa ser mais valorizada. “Em especial pelo papel que o economista desempenha. Por exemplo: apesar da profissão estar presente no poder público estadual e federal, muitas prefeituras ainda não contratam economistas”, conclui,

Da Redação

TOLEDO

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