Dia do Advogado: as conquistas da área jurídica

Na data de 11 de agosto é comemorado o Dia do Advogado. No Brasil, os primeiros cursos de direito surgiram em meados do século XIX. Como inúmeras outras profissões o advogado precisa acompanhar o mercado e buscar atualização contínua.

“Apesar do direito ter sido sempre associado a uma visão tradicionalista, é notável como o avanço da tecnologia tem trazido benefícios para a classe, tornando-se cada vez mais uma aliada, auxiliando principalmente na otimização do tempo para que possamos direciona-lo melhor para as atividades mais complexas e que necessitam de maior atenção, como controle e gestão de prazos, protocolos e inclusive peticionamento em ações de massa.

Temos muito a evoluir, mas certamente a carreira está atenta a essa evolução”, declara o advogado, Ruy Fonsatti Junior, sócio fundador da Fonsatti Advogados Associados.

Entre os obstáculos que a classe enfrenta, Fonsatti pontua que um dos principais desafios em relação a Constituição Federal é de que, desde a sua criação, assim como a sociedade, ela também passou por diversas modificações, adaptações e evoluções. Ele cita que, concretamente, verifica-se que a Constituição já passou por 110 Emendas, um número elevado, que exige uma constante atualização por parte dos juristas e, via de consequência, inúmeras oportunidades para que o Poder Judiciário tenha que interpretar tais normas.

“No ramo do Direito Eleitoral, é possível listar três reformas que impactaram diretamente na vida das pessoas. A EC nº 16/1997, que autorizou a reeleição dos chefes do Poder Executivo (prefeitos, governadores e presidente). Também a EC nº 97/2017, que dentre outras disposições, alterou dois pontos sensíveis do jogo eleitoral, fixando a cláusula de barreira/desempenho para os partidos terem acesso às verbas de financiamento de campanha, e também ao proibir a formação de coligações nas eleições proporcionais (vereadores e deputados estaduais/federais), evoluções que estão ameaçadas no momento, infelizmente”, declara.

ADVERSIDADES DA PANDEMIA – Segundo o advogado, a reforçou a importância de sempre buscar aprimoramento e adequação dos instrumentos de trabalho para que em situações adversas, como essa, a classe não tenha dificuldade de adaptação exacerbada.

“A atual conjuntura interferiu diretamente em nosso cotidiano, as audiências e reuniões passaram a acontecer de forma não presencial, o home office ganhou espaço e muitas adaptações ainda estão sendo necessárias para que possamos nos adequar a esta nova realidade. Foi possível perceber não só a dificuldade de nós advogados, mas de um todo, a dificuldade dos juízes, promotores e dos próprios clientes, que por muitas vezes não possuem facilidade ou habilidade para lidar com a tecnologia”, avalia.

A PROFISSÃO ESCOLHE O PROFISSIONAL – Sobre a escolha em seguir na área do direito, Fonsatti recorda que, inicialmente, essa não a primeira opção. Ele conta que tinha a intenção de cursar Engenharia Civil, contudo, o destino era outro e a profissão escolheu ele.

“Meu pai era professor, Juiz de Paz e na época existia uma figura chamada de Juiz de Menor, que auxiliava a justiça e então era mais afeto à área do Direito. Mas isso não me influenciou a exercer o curso de Direito. Com 17 anos fui estudar em Curitiba e ai comecei a fazer testes de aptidão e sempre aparecia o curso de direito e foi por isso que optei por fazer. Lembro que meu pai ficou muito feliz quando soube porque era exatamente isso que ele gostaria que eu fizesse, mas nunca havia me dito. Ele acabou falecendo antes de me formar”, recorda.

Para Fonsatti, a data de 11 de agosto9 deve ser comemorar, pois a classe jurídica já conquistou diversas vitórias. “Saber conciliar a justiça e o direito, sempre em busca da verdade não é uma luta apenas dos advogados. Mas em nossa profissão isso está mais latente. Tanto é assim que em nossa Constituição Federal está materializado que o advogado é indispensável à administração da justiça. Em momentos ásperos como vivemos, a luta de todos advogados, utilizando das armas da ética e legalidade, em defesa dos direitos fundamentais de todos os cidadãos, deve ser nosso principal objetivo”, conclui.

Da Redação

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