De volta ao calendário, São Silvestre vai reciclar 350 mil copos plásticos
Pelo segundo ano, uma parceria do Movimento Plástico Transforma com a Fundação Cásper Líbero e a Yescom, organizadoras da tradicional prova de rua, coletará as embalagens descartadas, que serão recicladas, transformadas e doadas para entidades do Estado de São Paulo, ainda a serem definidas.
“A gente promove diversas ações para levar essa mensagem da transformação do plástico e da importância da conscientização para a população. O movimento tem esse caráter educacional, atingimos bastante crianças e jovens com os nossos conteúdos e ações”, diz Mariana Cardoso, uma das coordenadoras do Movimento Plástico Transforma.
“O resultado positivo da ação realizada na última edição da São Silvestre fez com que repetíssemos a iniciativa neste ano. Nosso objetivo é mostrar para a sociedade a importância do descarte correto e da reciclagem, não apenas do plástico, mas de todos os resíduos”, reforça Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas na América do Sul da Braskem.
Os organizadores distribuem milhares de copos de água, em diversos pontos ao longo do percurso de 15km. A embalagem plástica é o formato mais apropriado para o corredor ingerir o líquido de forma rápida e segura sem perder tempo. A inciativa se baseia num processo de cinco passos durante a São Silvestre: consumo, descarte, coleta, reciclagem e a transformação do produto. Mesmo de forma indireta, todos acabam participando.
Equipes responsáveis pela coleta dos copos estarão ao longo do trajeto para recolher o material descartado. Ao fim da prova, caminhões recolhem o material e encaminham a uma recicladora, onde ocorre o processo de triagem e reciclagem. A matéria-prima reciclada é então transformada em novos produtos, neste caso as caixas organizadoras.
Criado em 2016, o movimento procura mostrar a utilização e a reutilização do plástico de forma criativa e responsável em soluções que podem transformar o dia a dia e o futuro da população. A primeira ação do grupo foi a instalação interativa PlastCoLab, que impactou mais de 37 mil pessoas e contou com quatro edições em São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Brasília.
A iniciativa na São Silvestre, diz Mariana, busca evidenciar a importância da economia circular. Um dos objetivos do Movimento Plástico Transforma é estimular a reciclagem de materiais e educar quanto ao uso e ao descarte corretos dos resíduos. Ela entende que a sociedade está hoje mais conscientizada, embora o caminho seja longo.
“Queremos fortalecer essa mensagem. Reciclar é algo tão básico, muitas pessoas ainda não fazem, mas vemos esse movimento crescendo. É o que as pessoas fazem em casa, separar um frasco de shampoo, do sabão líquido e por aí vai. Tudo pode virar um novo produto”, salienta. Haverá também uma ativação nesses dias que antecedem a São Silvestre com o público que vai retirar os kits da corrida.
DIA DA PROVA – Principal corrida de rua da América Latina, a São Silvestre está marcada para o dia 31, sexta-feira, e terá a participação de 20 mil corredores. O Brasil quer retomar o protagonismo na prova. O País não tem um atleta no posto mais alto do pódio desde 2006 no feminino e desde 2010 no masculino. Somente atletas vacinados poderão participar da disputa, desta vez sem o tradicional apoio do público que incentiva os competidores ao longo do percurso.
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