Custo da cesta básica em Toledo apresenta redução pelo segundo mês consecutivo

As compras no supermercado ficaram um pouco mais baratas em maio. Pelo segundo mês consecutivo, o custo da cesta básica de Toledo apresentou uma redução na variação. Entre abril e maio, houve redução de -1,02%. Contudo, o índice acumulado de variação da cesta básica nos últimos 12 meses, desde junho de 2023 até maio de 2024, apresentou um aumento da cesta de 0,57%.

Os dados fazem parte da pesquisa da cesta básica de alimentos de Toledo, um projeto desenvolvido pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. O levantamento aponta que o valor da cesta básica individual em maio de 2024 é de R$ 610,02, isto é, 0,57% maior que o custo da mesma em junho de 2023, quando foi calculada em R$ 606,56.

A Pesquisa utiliza uma metodologia para calcular o valor da cesta básica familiar considerando os custos alimentares de uma família de três pessoas – que seria uma família média, composta por quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças (sendo que as duas crianças correspondem a um adulto).

E os dados indicam que houve redução de -1,02% no custo da cesta básica familiar, passando de R$ 1.848,88 em abril de 2024 para R$ 1.830,05 em maio de 2024. Nesse sentido, um trabalhador que receba um salário mínimo não teria condições de adquirir a cesta básica familiar, uma vez que o valor ultrapassa o valor do salário-mínimo líquido em 40,12%.

Segundo a coordenadora da Pesquisa professora e doutora Crislaine Colla, nos últimos 12 meses, foram seis meses com aumentos e seis meses com reduções no custo. “Por sua vez, o índice acumulado para o ano de 2024, de janeiro a maio, soma 0,24% de aumento no valor da cesta, mostrando que a cesta básica custava R$ 608,53 em janeiro de 2024 e R$ 610,02 em maio de 2024”.

Com respeito à relação entre o custo da cesta básica individual de Toledo com o de outros municípios e capitais brasileiras citadas na Pesquisa como Cascavel, Pato Branco, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e a capital Curitiba (situadas no Paraná), além das outras duas capitais da Região Sul (Florianópolis e Porto Alegre) e das capitais selecionadas de cada mesorregião brasileira (São Paulo, Recife, Campo Grande e Belém), Crislaine aponta uma curiosidade: “no mês de maio de 2024, o custo da cesta básica de Toledo foi o menor dentre todas as cidades listadas, sendo a primeira vez que isso ocorre desde o início da pesquisa, em abril de 2021”.

PRODUTOS

Dos 13 itens da cesta básica apresentados, seis produtos apresentaram aumento do preço médio no período, que foram: a batata (47,09%); o leite (2,58%); o café (1,47%); a margarina (1,23%); o óleo de soja (0,71%); e o pão francês (0,08%). Contudo, a Pesquisa indica que sete produtos apresentaram redução no preço médio no período: o feijão (-10,34%); a banana (-6,71%); o tomate (-6,31%); a carne (-4,81%); o açúcar (-3,55%); o arroz (-2,77%); e, por último, a farinha de trigo (-2,18%).

A Pesquisa cita que a batata foi o produto que apresentou o maior aumento no período analisado, de 47,09%, principalmente pela baixa oferta nacional, isto porque a oferta das safras da água é menor e está se encerrando, ao passo que a oferta da safra das secas é ainda muito pequena. O leite foi o produto que apresentou o segundo maior aumento (2,58%), pois é o período da entressafra. Por sua vez, o feijão apresentou a maior redução no preço (-10,34%), que ocorreu devido a colheita da segunda safra, o que aumentou sua oferta. O outro produto com a segunda maior redução é a banana (-6,71%), pois houve maior oferta do produto.

“A redução no preço da carne e do feijão representaram o maior impacto para a redução do índice. A redução só não foi maior por causa do aumento do preço da batata. Observa-se que a carne apresentou a quarta maior redução, mas seu impacto sobre o valor total da cesta é mais significativo que os demais produtos”, cita Crislaine.

No acumulado dos últimos 12 meses, a pesquisa mostra que os produtos que apresentaram maior aumento de preços foram: a batata (63,82%); o arroz (24%); o pão francês (7,42%); o tomate (4,77%); o feijão (4,40%) e o café (0,11%). Por outro lado, sete produtos apresentaram variação acumulada negativa, que seriam: a farinha de trigo (-19,05%); a margarina (-15,01%); a banana (-10,83%); a carne (-7,70%); o óleo de soja (-4,53%); o leite (-3,80%); e o açúcar (-3,38%).

Da Redação
TOLEDO
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