CTA/SAE registra aumento de 67% de casos positivos de HIV/Aids

O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA/SAE) do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) é o serviço de referência no atendimento de pacientes com HIV/AIDS. Dados do CTA/SAE apontam que, em 2020, o CTA/SAE teve 73 novos casos para o HIV/AIDS, já em 2021, esse número foi para 122 novos pacientes, um aumento de 67% no comparado dos últimos dois anos.

O balanço aponta que existem 1.050 pacientes portadores de HIV/AIDS cadastrados no sistema, sendo que 61% são do sexo masculino. A faixa etária de maior predominância é a de 20 à 40 anos, seguida dos pacientes que possuem idade entre 41 e 60 anos.

“O HIV/AIDS na população idosa é permeado pelo grande estigma frente a forma de transmissão, que é principalmente via sexual, o que implica em menos diagnósticos nessa faixa etária, pois a procura pelo serviço por esta população ainda é mínima”, cita a equipe do CTA/SAE. “Entretanto, os casos existem e, na maioria das vezes, são descobertos em estágio avançado. Tanto para o diagnóstico precoce desta população como da população em geral, se coloca de extrema necessidade que os testes rápidos sejam ofertados sempre. Seja em uma consulta de rotina ou em uma busca por fechamento diagnóstico por sintomatologia”.

COMPROMETIMENTO COM O TRATAMENTO – Mesmo sabendo da necessidade e importância em seguir o tratamento de maneira correta e tendo o acompanhamento de uma equipe composta por diversos profissionais da saúde – dentro do CTA/SAE – ainda existem pacientes que abandonam o tratamento.

“Atualmente, cerca de 100 pacientes estão em descontinuidade do tratamento para HIV/Aids. O serviço social, junto à psicologia realiza a busca ativa desses pacientes, a fim de compreender o motivo do abandono, bem como vinculá-los novamente ao serviço/tratamento”, aponta a equipe.

LUTA CONTRA O PRECONCEITO – Os profissionais alertam que após 40 anos do primeiro diagnóstico no Brasil, o tratamento e acompanhamento para o HIV/AIDS teve grandes avanços. Contudo, ainda se faz imprescindível que ações de saúde sejam idealizadas para que o preconceito, ainda tão presente, possa ser algo do passado.

“Para barrar o preconceito é necessário que os serviços disponíveis a população, garantidos por lei, sejam estes de saúde, educação e tantos outros, participem e implementem meios que possam subsidiar o objetivo maior, que é a prevenção. Neste tocante, é necessário garantir o acesso integral aos serviços de saúde para essas pessoas que se encontram muitas vezes em situação de grande vulnerabilidade social”, enfatizam os profissionais.

Da Redação

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