Covid-19: Faltosos e não vacinados preocupam autoridades de Saúde em Toledo
A eficácia da vacina contra a Covid-19 é observada na redução dos agravos dos sintomas, dos internamentos e dos registros de óbitos em decorrência da doença. A campanha de vacinação no Município tem sido pontual ao informar a importância da imunização, datas, locais e horários da vacinação e, principalmente, a relevância do esquema vacinal completo.
O médico e diretor da Secretaria da Saúde, Fernando Pedrotti, conta que a primeira dose da vacina já foi aplicada em, praticamente, 100% da população acima de 12 anos estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Claro que quando olhamos para determinados grupos, vemos que estamos muito próximo de 100%, por exemplo os adolescentes de 12 a 17 anos: são 11.438 a serem vacinados e temos 11.436 imunizados”.
Em relação a segunda dose, o médico cita que o Município está com uma média de 94% da população-alvo vacinada. O público-alvo que mais preocupa também são os adolescentes de 12 a 17 anos; a segunda dose foi aplicada em 84% deste grupo.
Já a dose reforço tem maior adesão na população acima de 60 anos, com 81% deste público que recebeu o imunizante. Pedrotti explica que a quantidade de pessoas que tomaram a dose reforço é calculada de acordo com a segunda dose aplicada.
“Para saberemos, o percentual de doses de reforço aplicadas hoje, temos que pesquisar quantos tínhamos vacinados com a segunda dose há quatro meses atrás. Sendo assim, 81% na população de 60 anos ou mais elegível para receber a dose reforço, em Toledo, já estão imunizados. Quando olho para a população de 18 a 59 anos, esse número é bem menor, em torno de 43%”.
FALTOSOS – O médico e diretor da Secretaria enfatiza que o Município ainda tem um número grande de pessoas que precisam e devem buscar a dose de reforço, porque é fundamental ter o esquema vacinal completo. Ele protege contra complicações, hospitalizações e até mesmo óbitos.
“Isso fica muito claro pelos óbitos ocorridos neste ano em Toledo. Dos 25 óbitos que registramos, 24 deles ocorreram na faixa etária que poderia ter sido vacinada contra a Covid-19. Destes 24 óbitos, 23 não tinham o esquema vacinal completo ou não tinham recebido nenhuma dose. Somente um caso destes 25 tinha o esquema vacinal completo. Isso chama bastante a atenção”, salienta.
BUSCA ATIVA – Para completar a vacinação, a Secretaria da Saúde continua com a busca ativa para orientar e buscar faltosos que ainda não receberam as vacinas. Pedrotti explica que a ação consiste em levantar os dados da população e fazer o contato via telefone.
“Temos bons resultados. Saímos de um percentual de, praticamente, 12% de faltosos de segunda dose para a metade; hoje está em 6% então entendemos que isso tem avançado. Nós entendemos também que em relação as doses de reforço isso tem avançado, mas lamentamos que temos que gastar tempo, profissionais e recursos para avisar as pessoas de algo que elas deveriam estar atentas e compreendido a importância da vacinação completa”.
Entre os adolescentes, Pedrotti cita que 16% já poderiam ter buscado a segunda dose. Quanto as crianças, de cinco a 11 anos, ainda não chegou a época de aplicar a segunda dose. “Porém temos um número que, pelo tempo e pela importância da vacina, entendemos que deveria ser superior. Estamos com a cobertura vacinal em 38,5% com a primeira dose”.
O trabalho de busca ativa com as crianças que ainda não receberam a primeira dose é realizado com outras Secretarias do Município e com o apoio dos Conselhos de Saúde, dos Direitos da Pessoa com Deficiência, dos Direitos da Criança e do Adolescente além dos Conselhos Tutelares com ações no sentido de conscientizar os pais da importância da vacinação das crianças.
ATRASO – E quem perdeu o prazo de receber a segunda ou dose reforço compromete a imunização porque estão sem a proteção contra a Covid-19. O médico e diretor da Secretaria da Saúde Fernando Pedrotti enfatiza que são pessoas que aumentam os riscos e colocam a si mesmos ou outras pessoas em perigo uma vez que a ausência do esquema vacinal pode infectar mais pessoas.
“Essas pessoas que perderam o prazo não precisam refazer todo o esquema vacinal. Ela deve procurar uma unidade de saúde e atualizar a carteira de vacinação. A dose feita continua valendo”, conclui.
Da Redação
TOLEDO