‘Cora’ promove uma viagem ao passado desconhecido
A trama de Cora se passa em 2064, quando uma dinamarquesa, cujo nome inspira o título do filme, encontra um documentário inacabado no qual Benjamim, seu pai brasileiro, mostra sua investigação, 50 anos antes, da história dos pais dele.
Trata-se do casal Teo, que morreu louco quando ele ainda era criança, e Elenir, uma mulher misteriosa de quem ele mal ouviu falar. Ao longo de sua investigação, Benjamim descobre que ambos fazem parte de um complexo quebra-cabeça familiar, cheio de traumas e tabus, no qual ele começa a se ver como uma das peças principais.
O filme se inspira no livro Antônio, de Beatriz Bracher, mãe de Mariani, um desafio pois sua estrutura narrativa parece própria apenas para a literatura. A solução, sugerida por Rosa de Moura, veio com a inclusão do documentário na trama, o que permitiu que a narrativa cinematográfica fosse também experimental, como a literária. Assim, ao ver um filme realizado meio século antes, Cora (e os espectadores) acompanham uma caçada arqueológica por um passado misterioso, na qual formas antigas do cinema são apresentadas, como o Super-8.
Curiosamente, foi a avançada tecnologia atual que ofereceu recursos para que muitas imagens aparecessem de forma desgastada e envelhecida, com o aspecto de arquivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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