Com Investimento de R$ 3 Bilhões, Copel Reforça Energia de Qualidade no Campo

Ao completar 70 anos de existência no próximo dia 26 de outubro, a Copel acaba de concluir a construção de 19 mil quilômetros de redes rurais com o Paraná Trifásico. O programa, pelo qual a companhia está investindo cerca de R$ 3 bilhões para instalar 25 mil quilômetros de novas redes trifásicas em todo o Estado, é o ápice de uma série de ações desenvolvidas pela companhia ao longo dos últimos 40 anos para levar energia de qualidade aos produtores rurais paranaenses.
Com o cronograma rigorosamente em dia, 76% das obras já foram concluídas e beneficiam, até agora, 373 municípios em todo o estado. Pela iniciativa, a companhia está substituindo as antigas redes rurais monofásicas por estruturas trifásicas, que modernizam a infraestrutura elétrica e garantem acesso mais barato à rede para os consumidores do campo.
“Ao longo de sua história, a Copel construiu um legado de contribuição para o desenvolvimento do setor agroindustrial paranaense”, pontua o presidente da companhia, Daniel Slaviero. “Nos anos 1980 a empresa ousou ao levar energia por redes monofásicas a todo o Paraná. Agora, estamos modernizando a infraestrutura elétrica do campo com o maior programa de investimentos em redes rurais do Brasil”, complementa.
Clic Rural
O primeiro grande passo rumo à eletrificação do campo começou em 1983, com o programa Clic Rural. A iniciativa tinha como objetivo levar energia a todo o interior rural do Paraná. Para fazê-lo, foram construídas redes monofásicas em todo o estado. O programa buscava a otimização de recursos e, para isso, as redes foram construídas com o traçado mais curto possível, passando por plantações e matas. Embora simples em comparação com as estruturas atuais, a tecnologia foi revolucionária à época. Permitiu ao Estado sair na frente em eletrificação rural e deu condições para o desenvolvimento do setor agroindustrial paranaense.
Ex-presidente da companhia à época do programa, o engenheiro Ary Veloso Queiroz se lembra com carinho da transformação que o Clic Rural representou. “Na época, nós fizemos um levantamento, no interior, sobre a contribuição do programa para o estímulo à economia local. Havia mais compra de televisões, geladeiras, eletrodomésticos. A geração de emprego só de eletricista para fazer as ligações nas casas era uma coisa maravilhosa, era uma mudança da vida. Eu me emocionava muito por estar contribuindo”, conta.
Nos anos seguintes, o programa levou energia a mais de 180 mil propriedades rurais – 120 mil somente nos primeiros quatro anos. Francisco Gomide, que era diretor administrativo-financeiro no início do programa e assumiu a presidência da companhia após Queiroz, ressalta a relevância da iniciativa para a época.
“A grande revolução de eletrificação rural foi exatamente o Paraná. O programa de eletrificação rural, que desenvolveu o país e o Estado, deu condições para o Paraná se transformar no campeão do agronegócio que é hoje. Foi uma demonstração de como estavam certos os fundadores da Copel, como era importante ter uma companhia deste porte, com esta competência, ajudando o desenvolvimento do Paraná e atuando onde precisava”, enfatiza.
Universalização e Paraná Trifásico
Após o Clic Rural, a Copel continuou a investir para levar energia a toda a população rural do Paraná. Em 2012, o Estado alcançou a universalização do fornecimento de energia, o que significa atender toda a população com energia elétrica. A universalização do atendimento com energia é, por exemplo, uma das metas do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 7 (Energia acessível e limpa).
O Paraná Trifásico é uma evolução do Clic Rural e das iniciativas posteriores. Passadas quatro décadas, o perfil do consumidor rural é outro. Com o avanço dos processos tecnológicos no campo, cada vez mais mecanizados e automatizados, a preocupação com a qualidade do fornecimento de energia elétrica passou a ser prioridade, tanto para o investidor quanto para a Copel.
Com o programa, toda a espinha dorsal da rede de distribuição no campo está sendo trifaseada. Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o programa proporciona o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que até era pago no passado.
“Os cabos que estão sendo instalados são protegidos e mais resistentes à queda de galhos e objetos”, explica Edison Ribeiro da Silva, superintendente de engenharia de expansão da Copel. Ele destaca que os postes antigos que se situavam no meio das plantações estão sendo retirados e os postes novos estão sendo instalados junto às estradas, o que facilita o acesso dos técnicos em caso de manutenção.
As novas estruturas também contam com conexões inteligentes com a central de monitoramento da rede. Esses equipamentos têm capacidade para identificar e isolar problemas, além de religarem a energia sem precisar de interferência humana. Os equipamentos podem ser acionados remotamente pelo novo Centro de Operação da Copel, em Curitiba.
Ao mesmo tempo, culturas agrícolas que dependem da energia elétrica intensiva para a sua produção já estão sendo beneficiadas, entre elas leite e derivados, suinocultura, avicultura, piscicultura e fumo, além de atividades como os poços artesianos. O Paraná é líder nacional em algumas delas, como avicultura e piscicultura.
Obras por região
Até o momento, o Paraná Trifásico chegou a mais de 90% dos municípios paranaenses. O Centro-Sul reúne a maior parte das redes construídas: 4.611 quilômetros entregues. Os municípios de Reserva, que já recebeu 267 km de novas redes, Prudentópolis (260 km) e Ortigueira (237 km) são os que detêm a maior quilometragem na região.
Na sequência, o Oeste concentra 3.186 quilômetros de novas redes. Em Cascavel, são 266 km de redes, em Toledo, 202 km, e em Guaraniaçu, 163 km.
No Noroeste, a companhia entregou 3.148 quilômetros de redes trifaseadas. Umuarama, com 116 km construídos, Iporã (103 km) e Mandaguari (99 km) sediam as redes mais extensas na região. No Norte, as obras do Paraná Trifásico somam 2.841 quilômetros até o momento, com destaque para Cândido de Abreu, com 237 km, Londrina, com 128 e Ivaiporã, 107 km.
Já a Região Sudoeste recebeu 2.812 quilômetros de redes do programa: Francisco Beltrão tem 222 km de novas estruturas, Marmeleiro conta com 140 km e Coronel Domingos Soares soma 126 km. Por sua vez, na Região Leste foram concluídos 2.456 quilômetros de redes trifásicas. A Lapa, com 321 km, é o município com a maior rede do programa em todo o Estado. Rio Branco do Sul, com 248 km de novas redes, e Antônio Olinto, com 179 km, são os outros destaques da região.

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