Contarato expõe ofensa homofóbica e leva empresário a pedir desculpas na CPI
A CPI decidiu acionar a Polícia do Senado e o Ministério Público para apurar a ocorrência de crime de homofobia pelo empresário, que foi convocado à comissão após ser acusado de financiar a disseminação de fake news na internet. Ele é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 12 de maio deste ano, Contarato publicou uma mensagem no Twitter cobrando a prisão do ex-secretário de comunicação do governo Bolsonaro Fabio Wajngarten e errou a grafia da palavra “flagrancial” escrevendo que havia “estado fragrancial configurado”.
O empresário republicou a mensagem de Contarato ofendendo o parlamentar em função da orientação sexual do senador. “O delegado, homossexual assumido, talvez estivesse pensando no perfume de alguma pessoa ali daquele plenário… Quem seria o “perfumado” que lhe cativou?”, escreveu.
Nesta quinta-feira, Contarato assumiu a presidência da reunião da CPI e exigiu um pedido de desculpas do empresário à comunidade LGBTQIA+, “Dinheiro não compra dignidade. A sua família não é melhor que a minha”, disse o senador. “Se o senhor faz isso comigo, como senador, imagina no Brasil, que é o país que mais mata a população LGBTQIA+?”
Fabiano Contarato foi o primeiro senador da República assumidamente homossexual a ser eleito para o cargo no País. “Essa dor é incomensurável, não tem dinheiro que pague isso, estou expondo meu esposo, meus filhos, minha família, para que outras pessoas não tenham que passar pelo mesmo”, disse.
Em seguida, o empresário pediu desculpas ao senador. “Realmente, o meu comentário foi infeliz, foi um comentário em tom de brincadeira. Eu acho que é uma brincadeira de mau gosto”, disse Fakhoury.
O empresário falou que havia se esquecido da publicação até ser exposto na CPI. “O senhor não deve pedir perdão só a mim”, rebateu Contarato, instando o empresário a pedir desculpas “a todos que se sentiram ofendidos com esses comentários.”
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