Comitê científico de SP diz que é cedo para prever carnaval na rua

O médico Paulo Menezes, coordenador do comitê científico que assessora o governo de São Paulo na adoção de medidas contra a covid-19, disse nesta quarta-feira, 24, que ainda é cedo para se pensar em carnaval na rua. Ainda assim, ele reforçou estar confiante de que haverá uma “situação mais favorável (da pandemia) ao final de fevereiro”. Segundo o governador João Doria (PSDB), caberá aos prefeitos decidirem sobre a realização ou não das festas nas cidades.

Conforme levantamento do Estadão, apesar do avanço da vacinação, ao menos 70 cidades do interior de São Paulo já cancelaram o carnaval de 2022 motivadas pela pandemia. As prefeituras alegam o risco de um aumento nas infecções pelo vírus e ainda o respeito às famílias que perderam entes queridos.

“Ainda é precoce pensar numa situação de multidões na rua com aglomeração, mesmo que seja daqui a três meses”, afirmou Menezes durante coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes. “Hoje, eu entendo, e posso falar em nome do comitê científico, que não é momento de pensar nas grandes aglomerações do carnaval”.

O médico ressaltou, contudo, que há boas perspectivas para os próximos meses, principalmente por conta do avanço da cobertura vacinal. “Estamos confiantes que talvez possamos ter uma situação mais favorável (da pandemia) ao final de fevereiro, mas neste momento precisamos continuar com segurança.”

Segundo Doria, a decisão de realizar ou não o carnaval de rua “pertence a cada prefeitura”. Os Executivos municipais, portanto, teriam autonomia para fazer as escolhas. “Nós, como governo do Estado, demos sempre a medida da cautela e da prudência para que prefeitos e prefeitas possam agir dentro de um campo seguro e adequado”, explicou.

O governador acrescentou ainda que as prefeituras do Estado podem até ser mais rigorosas do que o governo do Estado, mas não menos rigorosas. Elas devem seguir, desse modo, com medidas como a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados.

A partir do dia 11 de dezembro, a gestão estadual determinou que o acessório de proteção não será mais obrigatório em ambientes abertos, mas seguirá sendo exigido em ambientes fechados e no transporte público.

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