Comércio de segunda mão cresce nas joalherias
Tradicional no setor de joias de segunda mão desde 1958, a Orit, por exemplo, registrou no primeiro trimestre deste ano crescimento de dois dígitos em número de transações e também em valor, em comparação com o mesmo período de 2020. “Notamos uma quantidade bastante razoável de clientes que nos procuraram para vender joias porque não conseguiram ter acesso a crédito ou quiseram gerar receita”, diz o CEO da empresa, Maurício Trad. Inclusive no ano passado, no primeiro fechamento do comércio por causa da pandemia, o executivo conta que houve um pico no volume de atendimentos para venda de joias quando a sua loja reabriu as portas.
Também a concorrente, a Vecchio Joalheiros, há 30 anos no mercado de segunda mão, constatou aumento entre 10% e 15% no número de avaliações de joias para venda desde agosto de 2020. De acordo com a joalheria, o ritmo de pessoas querendo se desfazer de joias hoje está mais acelerado comparado ao das que querem comprar.
Dólar
Além da necessidade de dinheiro por causa da crise, a valorização do dólar e do ouro no mercado em momentos de turbulência como o atual leva muitos a passar para frente suas joias. Em julho de 2020, a cotação da onça-troy (31,10 gramas) do ouro beirou US$ 2 mil. Na última sexta-feira, o contrato futuro de ouro para junho na Bolsa de Nova York fechou cotado a US$ 1.767,70. “Hoje, é um bom momento para vender porque, não só o dólar está em alta, mas o ouro também”, diz Trad.
Na compra de joias de segunda mão, é avaliada a pureza do ouro e normalmente é pago um valor inferior à cotação do mercado. Joias de grife são mais valorizadas e os compradores checam a idoneidade do vendedor da peça. Para evitar complicações, o vendedor tem de assinar um termo de responsabilidade declarando que é dono da joia. Com isso, é emitida a nota de compra pela loja. Assim como no penhor, o dinheiro sai na hora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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