Com medalhas na esgrima, hipismo e natação, Brasil ocupa 10º lugar em Tóquio-2020

O segundo dia do Brasil na Paralimpíada de Tóquio-2020 teve quatro medalhas, nesta quinta-feira, assim como o primeiro: Daniel Dias conquistou mais um bronze na natação, na prova dos 100 metros livre da classe s5, e fez parte da equipe de revezamento 4×50 metros livre que chegou em terceiro, faturando agora sua 27.ª medalha paralímpica.

Jovane Guissoni voltou a trazer uma medalha na esgrima em cadeira de rodas – ele já havia sido ouro em Londres-2012 e levou uma prata em Tóquio. Outra prata foi alcançada por Rodolpho Riskalla no hipismo adestramento, classe IV. O Brasil também alcançou boas vitórias no tênis de mesa, enquanto que a seleção masculina de goalball acabou sofrendo uma virada dos Estados Unidos e perdeu por 8 a 6.

Confira os destaques desta quinta-feira:

NATAÇÃO – Daniel Dias voltou a brilhar em Tóquio. O nadador, maior medalhista paralímpico brasileiro na história, conseguiu o segundo bronze em Tóquio com uma bela arrancada no final da prova dos 100 metros livre da classe s5, ultrapassando dois adversários nos 10 metros finais. Em outras provas individuais, Joana Neves, Talison Glock, Ruan Felipe e Matheus de Souza disputaram finais, mas não conseguiram medalhas.

No revezamento 4×50 metros livre 20 pontos, Daniel Dias, Joana Neves, Talisson Glock e Patrícia Pereira conquistaram outro bronze, chegando apenas sete centésimos à frente da equipe ucraniana. A China obliterou o recorde mundial da prova, diminuindo tempo anterior em quase três segundos.

ESGRIMA – Jovane Guissone alcançou a sua segunda medalha em Paralimpíadas. Após o ouro em Londres-2012, o brasileiro fez grande campanha em Tóquio na espada e na final contra o russo Alexander Kuzyukov acabou derrotado por 15 a 8. Nada que apague o brilho do atleta. Além dele, Carminha Oliveira competiu, mas não conseguiu passar da fase de grupos.

HIPISMO – Junto com o cavalo Don Enrico, Rodolpho Riskalla brilhou em uma apresentação na classe IV que contou com Aquarela do Brasil e Halo, música de Beyoncé. O brasileiro conseguiu 74.659 pontos e ficou com a prata, enquanto o ouro foi da holandesa Sanne Voets (76.585).

TÊNIS DE MESA – Com muitos atletas, o tênis de mesa viu algumas vitórias relevantes ainda na fase de grupos. Israel Stroh conseguiu a segunda vitória em duas partidas ao derrotar o egípcio Mohamed Youssef por 3 sets a 1 na classe 7, enquanto que Bruna Alexandre estreou com vitória sobre a australiana Melissa Tapper por 3 sets a 0. Joyce de Oliveira, da classe 4, e Carlos Alberto Carbinatti, da classe 10, conseguiram a primeira vitória, após derrota na estreia, e seguem com boas chances de classificação.

David de Freitas foi derrotado pelo tailandês Yuttajak Glinbancheun na classe 3, mas como havia vencido por WO na primeira rodada, se classificou para a próxima fase. Marliane Santos, também da classe 3, e Luiz Filipe Manara, da classe 8, perderam pela segunda vez e têm chances remotas de classificação.

GOALBALL – A seleção masculina fez um jogo emocionante com os Estados Unidos, cheio de gols e reviravoltas. O Brasil chegou a liderar o placar, mas acabou sendo derrotado por 8 a 6. O revés não deve trazer maiores problemas, já que o Brasil deve se classificar com apenas mais uma vitória dos dois jogos que ainda disputa na fase de grupos.

HALTEROFILISMO – Três brasileiros competiram, embora não tenham conseguido medalha: João Mário França, da categoria até 49kg, levantou 144kg e sua segunda tentativa e acabou em sexto. Lara Aparecida, na categoria até 41kg, ergueu 88kg e terminou na quinta colocação. Bruno Carra, da categoria até 54kg, não conseguiu levantar 157kg em três tentativas.

CICLISMO – Lauro Chaman e André Grizante competiram na prova de contrarrelógio das classes C-4 e C-5, e não conseguiram subir ao pódio: Chaman ficou na nona colocação e Grizante na 21.ª.

ESPORTES COLETIVOS – No rúgbi em cadeiras de rodas (misto), a Austrália bateu a França em jogo apertado e com emoção até o fim pelo placar de 50 a 48. Já a Grã-Bretanha atropelou a Nova Zelândia por 60 a 37, os Estados Unidos ganharam do Canadá por 58 a 54 e os anfitriões japoneses bateram a Dinamarca por 60 a 51.

No basquete em cadeiras de rodas masculino, os Estados Unidos estreou com vitória sobre a Alemanha por 58 a 55, a Espanha passou por cima do Canadá (78 a 41), os britânicos não deram chance para a Argélia (70 a 43) e a Austrália bateu o Irã por 81 a 39.

Na modalidade feminina, os Estados Unidos se recuperou da derrota na estreia e superou a Espanha por impiedosos 68 a 34, a Turquia venceu a Coreia do Sul por 80 a 70 e o Japão ganhou da Inglaterra por 54 a 48.

CHINESES E BRITÂNICOS ACORDAM – Depois do domínio australiano no primeiro dia, foi a vez de China, Grã-Bretanha e Rússia mandarem bem no segundo dia. Os chineses têm a maior quantidade de medalhas e lideram o quadro com oito ouros; britânicos e russos foram bem na natação e chegaram aos mesmos seis ouros da Austrália. A Holanda conseguiu cinco ouros e três ouros e fecha o Top5.

Após um primeiro dia com duas pratas, os Estados Unidos conseguiram dois ouros na natação. O Brasil está em 10.º lugar com um ouro, três pratas e quatro bronzes.

MANHÃ DE RECORDES – Não faltaram quebras de recordes mundiais na natação olímpica. A equipe chinesa do revezamento 4×50 metros livre 20 pontos diminuiu o recorde anterior em quase três segundos. As americanas Gia Pergolini e Anastasia Pagoni também conseguiram quebrar marcas, a primeira nos 100 metros costas da classe s13 e a segunda (que tem só 17 anos) nos 400 metros da classe s11. O belorusso Ihar Boki conseguiu sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 com o recorde mundial nos 100 metros da classe s11.

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