Mauro Picini Turismo 02/03/2023
Em 45 anos, Itaipu já recebeu mais de 25 milhões de visitantes
Número contempla visitas turísticas e institucionais, nas duas margens da empresa: brasileira e paraguaia
A visitação aos atrativos turísticos da usina de Itaipu atingiu em novembro a marca de 25 milhões de pessoas. O número contempla todas as visitas realizadas desde 1977, quando Itaipu começou a receber turistas, nas duas margens da empresa (brasileira e paraguaia).
Do total, metade dos visitantes (12,8 milhões) é formada por brasileiros; outros 12,2 milhões são estrangeiros, incluindo os vizinhos paraguaios. A lista de nacionalidades que aparecem no levantamento é extensa e registra diversos países. Somente em 2022, ano marcado pela retomada do turismo, após o período mais crítico da pandemia de covid-19, mais de meio milhão de pessoas visitaram a usina (incluindo as visitas turísticas e institucionais). Os brasileiros seguem compondo a maioria do grupo (374,7 mil pessoas). O levantamento indica ainda que julho (época de férias escolares de inverno) foi o mês do ano com maior número de visitantes, chegando a 82 mil pessoas, sendo 56,7 mil (69%) brasileiros.O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Anatalicio Risden Junior, comenta que o turismo é a principal vocação econômica da cidade e o aumento da visitação traz benefícios em cadeia para a região – da rede hoteleira ao setor de transportes, restaurantes e compras, entre outros.
“Faz parte da missão institucional de Itaipu contribuir para o desenvolvimento da região e o turismo movimenta muitos setores da economia. É um setor que gera empregos, renda e ainda fortalece a imagem de Foz do Iguaçu no Brasil e no exterior”, afirmou.
Risden também citou o apoio da empresa ao Natal Águas e Luzes de Foz do Iguaçu, cuja abertura lotou o Gramadão da Vila A no último sábado (3). Cerca de 10 mil pessoas participaram da festa. “Ano a ano a cidade tem se fortalecido também como destino natalino”, completou.
Complexo Turístico – O Complexo Turístico Itaipu (CTI), responsável pela operação do turismo na margem brasileira da usina, registrou um aumento de mais de 53% na visitação de janeiro a novembro de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 375,8 mil visitas neste ano, ante 245,5 mil de 2021. O setor oferece cinco opções de passeios: Itaipu Panorâmica (a mais procurada), Itaipu Especial, Itaipu Iluminada, Refúgio Biológico Bela Vista e Itaipu By Bike. Para saber mais sobre os passeios e fazer reservas antecipadas basta visitar no site do CTI (www.turismoitaipu.com.br).Crédito das fotos: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional
Cinco curiosidades sobre a cultura no Paraná para celebrar o Dia das Artes
De movimentos artísticos a eventos internacionais, o estado tem uma produção rica nas mais variadas artes – que podem ser aproveitadas até mesmo nas redes sociaisl
O Paraná tem grandes contribuições na arte brasileira, seja nas telas, nos palcos e nas ruas, a cultura está por todo o estado. No Dia Nacional das Artes, celebrado no último dia 12, a produção paranaense mereceu ganhar ainda mais destaque, com uma história que passa por grandes nomes reconhecidos internacionalmente, eventos mundiais e até um movimento próprio.
Nesta lista, há cinco curiosidades para conhecer mais sobre a arte e cultura do estado:
Movimento Paranista – O Paraná teve seu próprio movimento artístico, desenvolvido entre as décadas de 1920 e 30. Em busca de uma identidade regional, artistas e intelectuais incentivaram a produção de obras que gerassem esse sentimento de pertencimento. Símbolos como a erva-mate, a gralha-azul e o pinhão ajudaram a celebrar essas criações. No ano passado, o Memorial Paranista foi inaugurado para resgatar esse momento tão efervescente da cultura estadual. João Turin, um dos nomes mais celebrados dessa fase, tem exposição permanente no local (R. Mateus Leme, 4700) e um jardim de esculturas.
Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba – O maior evento de arte contemporânea do Sul do Brasil comemora 28 anos em 2021. Em suas 14 edições, reuniu nomes de destaque mundial como a sérvia Marina Abramovic e o alemão John Bock, além de brasileiros como Vilma Slomp e Neville D’Almeida. Na abertura da Bienal de 2017, Curitiba recebeu a doação de uma escultura de três metros de altura do artista chinês Wu Weishan, diretor do Museu Nacional de Pequim, uma entre muitas contribuições do evento para a arte paranaense. Em 2021, foi lançada a Bienal On-Line, extensão da 14ª edição voltada aos meios digitais. No Instagram @bienaldecuritiba há uma programação completa, iniciada em abril e que segue até dezembro celebrando performances, pintura, fotografia e design, entre outros tipos de arte, com posts e lives.
Teatro, prisão e biblioteca – Um dos grandes símbolos da cultura no Paraná tem uma história centenária – e bem curiosa. O Teatro Guaíra surgiu em 1884 com o nome de Theatro São Theodoro, em homenagem ao fundador de Curitiba: Theodoro Ébano Pereira. Estava localizado no mesmo terreno onde hoje funciona a Biblioteca Pública do Paraná (outro grande marco da cidade, uma instituição com mais de 160 anos). Durante a Revolução Federalista do Paraná em 1894, não só os espetáculos foram suspensos como o teatro passou a ser usado como prisão para os rebeldes. Só em 1900 a situação é contornada e o espaço é renomeado Theatro Guayrá. Pouco depois, o prédio foi demolido, mas a pressão popular liderada pela Academia Paranaense de Letras faz a cidade construir um novo teatro oficial – inaugurado em 1954, já no terreno atual do Guaíra.
Artes Indígenas no Paraná – Os povos originários também ganham destaque na arte paranaense. Hoje, são três grupos predominantes no estado: Guarani, Xetá e Kaingang, dos vários que já habitaram por aqui. Diversas entidades mantém coleções de obras destes e de muitos outros grupos sociais da América Latina, como o Museu Paranaense e o Museu de Arte Indígena. São adornos, objetos ritualísticos, armas, instrumentos musicais e arte plumária que celebram a riqueza dos povos originários. Ambos estão no Instagram (@museuparanaense e @maimuseu), sempre divulgando novas exposições e curiosidades sobre seus acervos.
Fandango Litorâneo – Tradição do litoral paranaense, o fandango remonta uma história de séculos. Com forte influência espanhola, aliada a cultura portuguesa e danças de indígenas da região, é ligado também ao Barreado, misturando música e gastronomia em uma grande celebração tipicamente brasileira. As danças do fandango parnanguara podem ser bailadas ou batidas, sapateadas, ao som de instrumentos típicos como rabeca e viola. Comunidades caiçaras se dedicam ao fandango até hoje, com dezenas de grupos e festivais dedicados a esta dança, como o Encontro de Tradições e o Festival Nacional do Fandango Caiçara de Paranaguá.