Mauro Picini Sociedade + Saúde 01/03/2023

Osteopatia melhora circulação e atua no combate das dores e inchaços do corpo no Verão

Luís Henrique Zafalon*

*Luís Henrique Zafalon é fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante.

Estação preferida pelos brasileiros por conta das temperaturas mais quentes e da prevalência de sol, o verão também pode ser um grande vilão para boa parte da população, que nessa época do ano costuma reclamar com frequência de inchaço e dores no corpo, em especial nas pernas e pés.
Considerada normal por muitos, o ideal é procurar ajuda médica e descobrir a causa do problema para o tratamento, pois essa alteração pode ter relação direta com doenças que envolvem o sistema circulatório.
Os inchaços ocorrem devido às altas temperaturas que provocam alteração na circulação sanguínea, fazendo com que a drenagem das veias seja feita em um ritmo lento, elevando consideravelmente dessa forma o risco do aparecimento e complicações vasculares.
Além de dicas já conhecidas para a prevenção, como o consumo de água, que, além de manter o corpo hidratado, evitará a retenção de líquidos; práticas de exercícios físicos, ou ainda, manter as pernas levantadas para a melhora da circulação, a osteopatia também surge como uma importante técnica que atuará diretamente na normalização da circulação venosa, linfática e arterial.
Método de avaliação e tratamento que busca restabelecer a função da estrutura compreendendo todos os sistemas do corpo, o tratamento preventivo da osteopatia na parte circulatória irá colaborar para a estabilização e recuperação dos tecidos corporais (epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso), resguardando de outros possíveis desequilíbrios e desconfortos corporais.
Dessa forma, o profissional trabalhará toda a postura corporal para o total equilíbrio do sistema neuromusculoesquelético, responsável pela regulação de demais estruturas internas do organismo, possibilitando uma melhora significativa nas movimentações do local inchado.
Com a promoção do equilíbrio e bom funcionamento, melhora-se assim a circulação, que proporcionará uma oxigenação adequada e facilitará o transporte de nutrientes que manterá estável e eficaz o desempenho dos tecidos, essenciais para diminuir as chances no desenvolvimento de doenças vasculares e manter uma boa qualidade de vida. Nesse sentido, recomenda-se o uso da osteopatia para minimizar os efetios colaterais dessa estação, aproveitando o verão de maneira mais saudável e confortável.

Biópsia tardia agrava o tratamento do câncer de mama, alerta Sociedade Brasileira de Mastologia

Biópsia tardia agrava o tratamento do câncer de mama /Foto: divulgação

Na data que marca o Dia Nacional do Mastologista e da Mamografia, especialista da SBM destaca urgência na realização de exames e direcionamento de políticas públicas
No Dia Nacional do Mastologista e da Mamografia, instituído em 5 de fevereiro, especialista alerta para a urgência na otimização de tempo e recursos para o tratamento de câncer de mama no Brasil por parte do sistema de saúde. “Especialmente na Região Sudeste, entre os primeiros sintomas apresentados pela paciente e o início da aplicação dos recursos terapêuticos, o período chega a 11 meses”, afirma o mastologista Henrique Lima Couto. Coordenador do Departamento de Imagem da Mama da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o médico também expressa preocupação diante do direcionamento das políticas públicas decorrentes das alternâncias de governo.
Mesmo contando com os Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons), o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) registra atualmente um gargalo no diagnóstico histológico, a biópsia para confirmação de câncer de mama. O período entre o surgimento dos sintomas e a biópsia, segundo o mastologista Henrique Lima Couto, é de 8 meses em média. “Há um desperdício de recursos, pois antes do início do tratamento a paciente terá de se submeter mais uma vez aos exames comprobatórios para que o especialista detecte a evolução do câncer neste período”, explica. Ainda mais grave, destaca o coordenador da SBM, é o prognóstico para tratar uma doença que, diagnosticada em fase inicial tem aumentada as chances de cura.
Para o especialista, os investimentos para diminuir o tempo entre o diagnóstico e o tratamento no SUS não precisam, necessariamente, ser direcionados a ampliar a quantidade de mamógrafos. “O número de aparelhos no País é suficiente”, afirma Couto. “É preciso, sim, aumentar a cobertura mamográfica com a implementação de um rastreamento organizado, que otimizaria os recursos já existentes e proporcionaria resultados significativos com melhor eficiência e menor impacto financeiro”, completa.
Independentemente da alternância de governos, a cobertura mamográfica da população-alvo no Brasil tem se mantido inferior a 30% nos últimos 14 anos. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 70%. De acordo com o mastologista Henrique Couto, uma forma de aumentar a eficiência do sistema está no cumprimento das chamadas leis dos 30 e 60 dias.
A Lei nº 13.896/2019 estabelece nos casos de hipótese de neoplasia maligna que os exames para diagnóstico sejam realizados no prazo máximo de 30 dias. Mais antiga, a Lei nº 12.732/2012 determina que o paciente com câncer tem o direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS em até 60 dias, contados a partir do dia do diagnóstico.
Atualmente, o rastreamento mamográfico no SUS prevê exame bianual para uma população de 50 a 69 anos de idade. A SBM, a Federação Nacional das Associações de Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) recomendam a mamografia anual a partir dos 40 anos. Mas as entidades médicas esperam, para o mais breve possível, o cumprimento da Lei nº 14.335, de 10 de maio de 2022, que garante o acesso ao exame a todas as mulheres a partir dos 18 anos.
Outra expectativa, destaca Couto, é a promulgação da nova Diretriz Diagnóstica e Terapêutica (DDT) do câncer de mama, que deve estabelecer em 2023 avanços importantes e incorporações no tratamento sistêmico. “A DDT já foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e pela população e sociedade civil organizada em consulta pública”, diz.
Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente e a primeira causa de morte em mulheres de todas as regiões do Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê 73.610 novos casos da doença até o fim de 2023. “Além de todas as medidas para ampliação dos diagnósticos com maior rapidez, as políticas públicas necessitam de um planejamento que inclua a capacitação qualificada e permanente dos profissionais em relação à saúde mamária”, finaliza o mastologista Henrique Lima Couto.

FEVEREIRO ROXO: Saiba quais cuidados ter com PETS IDOSOS

Foto: Divulgação/TioChico

O Fevereiro Roxo é uma campanha de conscientização que para os humanos trata sobre o Alzheimer, o lúpus e a leucemia. Já para os animais, chama a atenção para a saúde dos pets idosos e as doenças neurodegenerativas. E embora possa não parecer, o intuito é o mesmo em ambos: colaborar com a prevenção de doenças específicas.
A veterinária responsável pela plataforma de teleorientação veterinária, TioChico, Fernanda Loss, explica que os animais de estimação também podem sofrer com a perda de memória, principalmente ao se tornarem idosos. “A Síndrome da Disfunção Cognitiva, popularmente chamada de “Alzheimer” em pets, é uma doença que acomete os animais com idades mais avançadas, alguns sintomas podem aparecer a partir dos seis anos. A causa é a mesma da humana: envelhecimento dos neurônios e do funcionamento do cérebro”, esclarece.
Os principais sintomas da SDC nos cães são desorientação, confusão, caminhada constante, olhar perdido, ansiedade e inquietação, mudanças bruscas de comportamento, não reconhecer pessoas familiares, fazer as necessidades em locais que antes não fazia, muito sono durante o dia e pouco sono durante a noite, aumento da agressividade, entre outros. Já os gatos demonstram mais discretamente esses sinais, então é importante ter cuidado redobrado.
“Infelizmente não há tratamento e nem uma forma efetiva de prevenir a SDC. Claro que estimular o animal de estimação desde filhote a praticar exercícios e atividades que desenvolvam o cérebro colaboram para um envelhecimento mais saudável. Mas após ser acometido pela doença, o papel do tutor é proporcionar um ambiente confortável e que transmita segurança. Para isso, o ideal é contar com o acompanhamento de um médico veterinário, que irá orientar sobre a melhor alimentação e as atividades recomendadas de acordo com a necessidade específica de cada pet”, explica.
Para o empresário Claudio Goldsztein, um dos idealizadores do TioChico, a plataforma é uma forma de proporcionar mais qualidade de vida para os pets de todas as idades. “O intuito do aplicativo é facilitar o acesso dos tutores à orientação veterinária. Com ele, é possível ter atendimento veterinário 24h por dia, de onde estiver. Isso tudo pagando só a mensalidade, que é muito acessível”, argumenta.

TioChico – Startup gaúcha de teleorientação veterinária tem o objetivo de facilitar a vida do tutor. A equipe de médicos veterinários dedicada 24h por dia, 7 dias por semana, disponível para conversas via chat e também por vídeo para orientar e auxiliar nos cuidados com seu pet. Mais informações em www.tiochico.vet

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