Mauro Picini Programe-se 01/04/2022

Equipe da Iguassu Secret Falls e voluntários recolhem petrechos de pesca, plástico e até pneus durante ação ambiental

Instituto Chico Mendes e Lions Clube Cataratas coorganizaram o mutirão em alusão ao Dia Mundial da Água

No último dia 22, um grupo de 40 pessoas participou de um mutirão de limpeza às margens do rio Iguaçu, em Foz do Iguaçu. A ação foi coorganizada pela Iguassu Secret Falls, Instituto Chico Mendes (ICMBio) e Lions Clube Cataratas em alusão ao Dia Mundial da Água. Entre os participantes estavam voluntários e as equipes de trabalho dos organizadores. No próximo domingo (27), a partir das 13h15 haverá uma nova etapa, desta vez realizada nas imediações do rio Tamanduá, mais precisamente nas proximidades da cachoeira do Carimã. As inscrições podem ser feitas através do WhatsApp (45) 99949-4000. No rio Iguaçu o volume de lixo encontrado chamou atenção de quem participou. “Muitos itens de pesca, linha, petrechos e até um pneu foi retirado do rio. Diante da quantidade, que encheu a carroceria de uma picape, nós programamos a segunda ação”, explicou o CEO da Iguassu Secret Falls, André Alliana. Ao longo das trilhas que levam às cachoeiras secretas, todos os aventureiros atendidos pela Iguassu Secret Falls recolhem todo lixo produzido como forma de diminuir o impacto ambiental. “Essa ação do Dia da Água já é tradicional para nós, assim como o hábito de recolher os rejeitos durante as trilhas. Foz do Iguaçu é uma cidade turística porque tem natureza exuberante e nós que trabalhamos com ecoturismo temos a missão de proteger esse ecossistema”, salienta Alliana. O lixo que foi recolhido nesta segunda-feira foi destinado ao centro de triagem do Parque Nacional do Iguaçu, que fará a destinação correta.

Beethoven: 250 anos do gênio da música

Autora: Florinda Cerdeira Pimentel é especialista em Educação Musical e professor a da área de Linguagens Cultural e Corporal no curso de Licenciatura em Música do Centro Universitário Internacional Uninter.

Neste mês de dezembro, o mundo da música está em festa, pois celebramos os 250 anos de nascimento de um dos maiores gênios da história da música. Ludwig Van Beethoven nasceu em Bonn, reino da Prússia, atual Alemanha, em dezembro de 1770. Comemora-se seu aniversário no dia 17 de dezembro, pois foi o dia de seu batizado, mas não se sabe exatamente o dia em que nasceu. Filho de Johann e Maria Van Beethoven, teve sete irmãos e um meio irmão por parte de mãe.
Iniciou seus estudos de música em casa com o pai que era tenor na capela da corte e praticava piano e violino. Desde cedo demonstrou grande habilidade musical, porém seu pai severo o obrigava a praticar por muitas horas, inclusive o acordava pela madrugada para força-lo a estudar, com a intensão de torná-lo um “novo Mozart”. Com oito anos de idade, os estudos de Beethoven foram confiados ao mais importante mestre de cravo da colônia, Chrintian Neefe, que não aceitava os improvisos do garoto, pois possuía um método de ensino musical bastante sistemático.
Apenar de não ter um estudo musical muito aprofundado, Beethoven aos dez anos de idade já dominava toda obra de Johann Sebastian Bach e com onze anos já escrevia composições e era considerado o novo Mozart da sua geração.
Em 1787, Beethoven vai para Viena estudar, mas retorna logo devido ao falecimento de sua mãe. Em 1789 se inscreve então na Universidade de Bonn para cursar letras e lá tem contato com pensadores iluministas que o fazem despertar para os seus ideais revolucionários, inspirando-o a escrever obras como as Sinfonias nº 3 e a famosíssima 5ª. Aos vinte e um anos retorna a Viena definitivamente e lá passa a ser aluno de Haydn. Alguns autores afirmam que neste período o jovem chegou a conhecer Mozart um pouco antes de sua morte e que o próprio Mozart disse: “Fiquem de olho nele; um dia ele vai dar o que falar ao mundo”. (MORRIS, p.45)
Beethoven é considerado hoje um dos pilares da música clássica. Sua obra marcou a transição entre os períodos Clássico ao Romântico (Início século XIX).
Algumas curiosidades sobre Beethoven:

  1. A Sonata para piano n. º 14, Op. 27 n. º 2 em Dó sustenido menor, conhecida como “Sonata ao Luar”, só recebeu este nome em 1832, cinco anos depois da morte de Beethoven;
  2. Várias composições de Beethoven foram dedicadas às mulheres que passaram por sua vida, porém, por diferentes razões, nunca se casou;
  3. A bagatela para piano “Für Elise”, possui um grande mistério em torno de quem seria a tal moça a quem o compositor dedicou uma de suas obras primas. Uma das teorias mais aceitas, é que Elise foi uma cantora Austríaca Therese Malfatti. Beethoven a pediu em casamento, em 1810, mas ela o rejeitou. Acredita-se que a composição se chamava, originalmente, “Für Therese”, mas uma tradução errada acabou mudando o nome;
  4. Sua maior inovação e considerada sua grande obra prima foi a Sinfonia n. º 9 em ré menor, op. 125, incorporando pela primeira vez junto à orquestra, a participação de um grande coro em uma obra sinfônica, executando parte do poema An die Freude (“À Alegria”), uma ode escrita por Friedrich Schiller, com o texto cantado por solistas e um coro em seu último movimento.
  5. Beethoven quando compôs a nona sinfonia já estava completamente surdo, mas como é possível?
    Beethoven permaneceu em pé, de costas para o salão, absorvido na partitura diante dele. Um dos solistas, a soprano adolescente Caroline Unger, o pegou gentilmente pela manga do casaco e fez com que se voltasse para a plateia para que pudesse ver o tumulto. (MORRIS, 2007, p. 251).

A confusão foi tamanha que a polícia precisou intervir pedindo calma a plateia, pois o público interrompeu a sinfonia quatro vezes com suas ovações. (MORRIS, 2007, p. 251)
A resposta está na sua genialidade e grande conhecimento musical. Beethoven, mesmo sem ouvir, conhecia muito bem todas as sequências harmônicas e melódicas necessárias para criar a obra que até hoje assombra, instiga e encanta a todos, desde a sua primeira apresentação.
Neste ano tão difícil em que fomos assolados por uma pandemia, o sentimento de tristeza que nos pesa devido às perdas que sofremos é inevitável, ainda mais com a chegada das festas de fim de ano, porém, ainda nos resta um sentimento de esperança que nos são trazidos pelos versos de Schiller, grandiosamente pela música do nosso grande gênio Ludwig van Beethoven. Nunca a Nona Sinfonia nos foi tão necessária.
Obrigada Mestre, Feliz 250 anos!
“Escuta, irmão, a canção da alegria: O canto alegre de quem espera um novo dia. Vem! Canta, sonha cantando, vive esperando um novo sol. Em que os Homens voltarão a ser irmãos”.


Cicero e Ronize Fantin no Restaurante Filezão

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