Vale a pena???

Um vídeo tem circulado com intensidade em vários grupos de WhatsApp com as declarações dos candidatos ao Governo do Paraná durante o primeiro debate eleitoral promovido pela Band. Analisando sem paixões, é de doer o coração e faz repensar qual é o atual nível político atual dentro do estado. Ao invés de apresentarem propostas, a totalidade dos candidatos se preocupou mais em fazer campanha para a Presidência da República ou então atacar sem argumentos o atual governador Ratinho Junior, candidato à reeleição, que parece ter feito bem em não aparecer no encontro.

Nada contra a Band, que por sinal manteve a tradição de ser a primeira em promover este encontro e não mais um debate, até porque, diante de tantas regras e do engessamento promovido ao longo do tempo, não existe mais um debate em nenhuma campanha eleitoral no Brasil. Há, sim, um encontro onde ataques se sucedem e as respostas são tão evasivas quanto as respostas. Prova é que a audiência ano após ano vem caindo, pois o eleitor não aguenta mais tanta baboseira.

Sim, baboseira, pois quando um candidato diz, por exemplo, “boa noite a todis” é de doer, pois na língua portuguesa simplesmente não existe este pronome, mas sim “todos e todas”, embora quando se mencione todos, pressupõe-se que já se está falando de todos. Mas como o Brasil é o Brasil, a ideologia pregada com maestria criou “todos” e “todas”. Criou até a “presidenta”, um neologismo sem precedentes na história, até porque neologismo já indica algo novo, mas como o novo às vezes é velho, bom, é “dificulitoso” compreender a que ponto se chegou na baixaria da inteligência.

A pergunta é: vale a pena insistir neste formato?

Se é para se ter um debate, então que as regras sejam flexibilizadas, que cada candidato, por pior que sejam suas ideias, possa expô-las de maneira clara. Desde que haja o respeito ao ser humano, que as críticas sejam feitas com argumentos sólidos. O que não dá mais é para um estado como o Paraná virar chacota nacional com um debate abaixo da crítica. Não por culpa de quem promove, mas pela má qualidade dos personagens escalados por partidos que mais parecem companhias teatrais.

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