Um passo para trás…

…para serem dados dois para frente daqui a pouco. É com este pensamento que o governador Carlos Massa Ratinho Junior publicou o Decreto implantando a quarentena em sete regionais de saúde no Paraná, entre elas a 20ª, de Toledo. Perla manhã o prefeito Lucio de Marchi também publicou um Decreto flexibilizando as regras e reabrindo o comércio local, bem como outros serviços que permaneceram fechados nos últimos dez dias. E agora, quem está com a razão?

Os argumentos do governador levam em conta o alto índice de contaminação destas regionais, muito acima da média no Paraná como um todo. São 134 municípios onde a situação parece ter saído do controle e, neste sentido, Ratinho Junior tem razão quando afirmou ser necessário ter um sistema de saúde que suporte a crise e dê suporte à população. A esperança do Governo do Estado é atingir um índice de isolamento esperado de pelo menos 55%. Hoje este índice é de aproximadamente 36%.

As punições previstas no Decreto vão desde multa estabelecida, passando pela cassação do Alvará e chegando até mesmo ao cancelamento da Inscrição Estadual da empresa, caso não se respeite a determinação em nível estadual.

Mas como fica a situação de Toledo, onde até segunda ordem o prefeito Lucio de Marchi pretende manter sua decisão?

O governador foi muito claro em sua manifestação nesta terça-feira, entretanto, decisão no Supremo Tribunal Federal (STF) tem dado poderes aos prefeitos decidirem sobre quais ações são melhores em seus respectivos municípios. No caso de Toledo há ainda que se considerar o fechamento nas últimas duas semanas, algo que certamente deverá refletir-se em números mais positivos daqui por diante.

Não se trata de uma queda de braço entre o governador e o prefeito, mas sim duas interpretações diferentes sobre um assunto que, infelizmente, ainda não se estabeleceu um protocolo único, algo que aconteceu em outros países e com resultados amplamente satisfatórios. Houvesse, quem sabe, o Governo Federal tomado as rédeas e definido uma política única hoje o Brasil acordaria menos traumatizado e mais consciente sobre como está sendo combatida uma pandemia ainda sem data para acabar.

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