Trabalho escravo e país subdesenvolvido

Esta semana mais uma notícia sobre o resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Dessa vez numa pedreira localizada em Mauá da Serra, no Norte do Paraná. Há alguns dias o resgate foi na Serra Gaúcha. São dois casos no ‘Sul Maravilha’ onde, em teoria não deveria acontecer corrupção, pobreza, miséria, roubo, crimes, quem dirá trabalho escravo.

A introdução serve para mostrar que ideias como o separatismo da Região Sul, ou então que em determinadas regiões situações assim não acontecem não passam de discursos vazios, até porque Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão inseridos no Brasil e são formados por…pasmem: brasileiros! Sim, senhoras e senhores, brasileiros vivem, trabalham, estudam, consomem e escravizam, abusam do poder, torturam mentalmente, sobrepujam em cima de nomes abastados e fortunas.

Isso é o que aparece. Mas existem muitos casos que não aparecem porque são velados. Há uma certa escravidão disfarçada em baixos salários, em subempregos, em falta de direitos trabalhistas ou então na pressão por resultados sem o devido reconhecimento. Também não deixa de ser uma espécie de escravidão.

Não se trata também de abrir uma luta de classes entre os empregados explorados e os patrões abusadores. Nada disso, até porque tem muito empregado que abusa e patrão que acaba sendo explorado. Evidente que não se trata do trabalho escravo ao qual estas pessoas estavam expostas. Isso não é apenas uma ilegalidade. É desumano!

Mas não deixa de ser o retrato de um país subdesenvolvido onde, passados cinco meses da disputa eleitoral ainda existem rusgas a serem superadas e as ideologias do passado renascem com uma ânsia desenfreada, tornando o clima ainda pior, ainda mais quando se insinua a recriação, por exemplo, do imposto sindical, um retrocesso sem tamanho.

Para que novos casos como este denunciado esta semana no Paraná não se repita é preciso que a reforma trabalhista, iniciada no governo de Michel Temer, dê novos e firmes passos rumo a um futuro mais justo e equilibrado, permitindo dessa forma que, tanto patrões quanto empregados, possam trabalhar em paz e ter rentabilidade em tudo que fazem sem a necessidade de explorar ninguém ou então driblar o sistema através de caixas 2 e outras artimanhas utilizadas no país.

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