No sábado, dia 2 de abril, completou 60 anos da morte do fundador de Toledo: Willy Barth. No ano em que se completa 70 anos de fundação da cidade é preciso reverenciar o espírito de quem partiu cedo demais e não teve a oportunidade de contemplar em sua plenitude a grandeza da cidade que ajudou a construir do nada. Mas sua visão abrangente de colonizador ajudou a organizar outras cidades deste pedaço de chão no oeste paranaense escolhido por ele e por sua família para se perpetuar.
Cidades como Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes, Nova Santa Rosa, Maripá e Pato Bragado, por exemplo, são fruto da ousadia e da coragem de Willy Barth, bem como sua liderança, eternizada na construção do Aeroporto Municipal de Toledo, isso em apenas 52 horas pelos relatos da época. Somente um homem com tamanha capacidade de mobilização para conseguir tal feito.
Feitos que se repetiram na política, onde conseguiu trazer a Toledo o então governador Bento Munhoz da Rocha Neto para que a criação da comarca pudesse, enfim, concretizar-se. Em 1960, Willy Barth conseguiu eleger seus candidatos a deputado e ele próprio foi eleito prefeito de Toledo com esmagadora votação, afinal, era a personificação do sucesso, da obstinação. Mas, em 2 de abril de 1962, o coração generoso o deixou na mão. O coração tão cheio de energia, que o trouxe ao oeste para mudar a feição da incipiente colonização que estava sendo feita, decidiu parar.
Durante um comício em Guaraniaçu, Willy Barth teve uma síncope cardíaca. O líder que ocupou seu tempo para elevar o pioneirismo e ajudar a construir uma terra de oportunidades deixava órfã não apenas sua família, mas uma cidade inteira, uma região. O desbravador, que conduziu um povo ao horizonte dourado sucumbiu cedo demais, deixando incompleta sua missão política, porque a de pioneiro estava mais que encaminhada a prova está aí, com a cidade prestes a completar 70 anos sendo hoje uma referência quando o assunto é desenvolvimento e qualidade de vida.
Willy Barth é a referência histórica de Toledo e do próprio Oeste do Paraná porque, ao lado de tantos outros corajosos nomes, desbravou essa terra vermelha hoje habitada e amada por seus herdeiros de coração.
