Tabagismo ainda preocupa

Se no passado fumar era um sinônimo de elegância, hoje o fumo vem tendo cada vez menos espaço. Ainda assim, o tabagismo é ainda a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o hábito de fumar está relacionado a 8 milhões de mortes por ano – dessas, cerca de 1,2 milhão são de fumantes passivos. Somente no Brasil, o tabaco ocasiona 443 mortes por dia – cerca de 13% do total de óbitos no país (sem considerar a pandemia), de acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

O tabagismo não se restringe ao cigarro, mas também ao charuto, ao cachimbo e ao narguilé, cuja utilização nos últimos anos cresceu muito entre os jovens. Em Toledo se chegou a discutir uma lei proibindo o consumo entre jovens, entretanto, é cada vez mais frequente observar até menores inalando a fumaça destes equipamentos.

Para tentar conscientizar sobre os malefícios do tabagismo e a necessidade de mudança de hábito, a Organização Mundial da Saúde listou “100 razões para deixar de fumar”. Em época de pandemia, o aviso mais enfático já está no primeiro item: fumantes têm maior risco de desenvolver quadro grave de Covid-19. O motivo principal é porque o sistema respiratório do tabagista é mais frágil e, ao ser infectado, pode ter a saúde mais debilitada e não resistir ao vírus.

O fumo também está relacionado a outras doenças, como as cardiovasculares e também para todos os tipos de cânceres de regiões próximas à boca – traqueia, laringe, faringe, esôfago, além do câncer de pulmão, de pâncreas, do intestino, entre outros.

Embora haja vários programas de saúde pública para ajudar a pessoa a mudar de hábito, ainda assim a indústria do fumo é bastante lucrativa – e atrativa – e isso explica tantos usuários. Some-se a isso a dificuldade do fumante em largar um vício como outro qualquer, mas que deixa marcas profundas no corpo. Quem convive de perto com pessoas que fumam há tempos sabe de cor o cheiro, o timbre de voz e o aspecto amarelado. O tabagismo ainda preocupa e precisa ser combatido através de políticas públicas constantes e que conscientizem as pessoas sobre os riscos de inalar fumaça. Nada mais que isso.

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