Quem nunca brincou com a frase famosa de Willian Shakespeare, talvez a mais emblemática do mundo teatral, ao menos para quem não tem o menor contato com a arte milenar da encenação. Neste domingo se comemora o Dia Nacional do Teatro e, embora o setor seja tratado com pouco – ou quase nenhum – interesse em terras tupiniquins, ainda assim há muita peça boa sendo produzida, isso sem mencionar nos grandes atores e atrizes espalhados pelos palcos. Anônimos ou famosos atrás do aplauso verdadeiro, cru, natural. Atrás do contato mais próximo com a plateia e suas reações.
O teatro talvez seja a expressão cultural mais natural que possa existir, afinal, depende apenas do ator. Nem sempre de um texto, pois são as expressões corporais a forma mais impactante de passar a mensagem sobre aquilo que se encena.
Encenação, interpretação, atuação, desempenho, performance, exibição, execução, representação, dramatização, montagem. Sinônimos fáceis de serem traduzidos quando o assunto é o Teatro. E Toledo, neste universo cultural, luta para se impor. Construiu um belíssimo teatro, criou seu festival de uma forma muito caseira e tem algumas pequenas companhias que lutam para sobreviver. Mas sobrevivem lutam, encenam, atuam, produzem, montam, dramatizam seus próprios dramas. Respiram!
Ser ou não ser, eis realmente a questão. Ser ator de teatro ou sucumbir ao doce canto da sereia chamada televisão e suas telenovelas, importantes sem dúvida, porém não exclusivas ou necessárias para que a arte do teatro sobreviva. Eis realmente a questão de viver uma vida cheia de altos e baixos, muitas vezes pagando para se apresentar. Eis realmente a questão diante de uma arte tão importante e tão desprezada num país onde a cultura é tão rica, tão variada.
Quem nunca brincou de ser ator e sonhou…voou nas asas que a imaginação ajuda a fazer fluir em peças infantis que, com o passar do tempo, esvaziam-se pelos interesses comerciais de uma arte cada vez menos apreciada, até mesmo pela própria desvalorização imposta diante de ideologias que tentam dominar cenários onde antes havia apenas…a arte…o teatro!
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