Respeitável público!

Aquela lona colorida, o cheirinho de pipoca, o som ensurdecedor das motocicletas no globo da morte, as gargalhadas cada vez que o palhaço faz uma graça, o coração aflito ao ver uma acrobacia aérea. São cheiros, sons, sensações que fazem um resgate na memória de todo o adulto que – quando criança – assistiu um espetáculo de circo.

Quem nunca ficou eufórico ao saber que o circo estava na cidade? Quem nunca contou as horas para assistir um espetáculo? Quem nunca ficou encantado com a elasticidade de um contorcionista ou as habilidades de um malabarista? O circo tem seus encantos e profissionais talentosos que conseguem superar limites e arrancar gargalhadas da plateia.

O material humano, de fato, é o maior patrimônio do circo. O espetáculo depende dos artistas, dos talentos, das habilidades, do que eles transmitem. Em cada apresentação acontece os encontros das famílias: a família do circo e a família que aprecia o show.

A data de 27 de março foi escolhida como o Dia do Circo para homenagear Abelardo Pinto, o palhaço Piolim, que nasceu em 27 de março de 1897. Desde então, muita coisa mudou no picadeiro. Com o passar dos anos o arte circense ganhou algumas ramificações e expandiu os conceitos.

O modelo tradicional envolve a passagem de geração para geração das apresentações feitas sob a lona. Um modelo mais atualizado passa a contar a inovação da linguagem dessa arte com a inserção da tecnologia atrelada aos elementos teatrais com uma concepção contemporânea. A arte circense também é encontradas nas ruas, nos artistas que não sobem em um picadeiro com cobertura de lona ou em um palco de um teatro, com improviso eles mantêm a essência da arte de maneira simples.

Os artistas do circo também sofreram durante os impactos da pandemia: com os picadeiros vazios, eles precisaram inovar e a interação com o público foi virtual, afinal, o show não pode parar. A arte tem um papel importante neste momento histórico. Ela consegue amenizar o sofrimento, vislumbrar sonhos, ter inspiração, trazer esperança e arrancar sorrisos. Aos artistas que brilham no picadeiro, que encabeçam projetos sociais, que encanto nos palcos dos tetros, que alegram o dia do condutor que para no semáforo, os aplausos de quem luta para que a arte circense permanece viva.

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