Pedágio nosso…

A direção do Programa Oeste em Desenvolvimento, lideranças políticas, líderes comunitários, extraterrestres que frequentam o Paraná, entre outras entidades mediúnicas resolveram acordar para a implantação de 15 novas praças de pedágio dentro do Estado do Paraná, conforme anunciado há tempos pelo Ministério da Infraestrutura, responsável pela modelagem do novo contrato a ser licitado o quanto antes após o fim do atual contrato, em novembro deste ano.

Se antes a licitação pelo menor preço era vista como uma vitória – e foi, ressalte-se – agora todos resolveram se rebelar contra a implantação de praças que poderão sim tornar ainda mais difícil não apenas o agronegócio, mas várias outras cadeias produtivas, além do cidadão comum que trabalha, paga impostos e, de vez em quando, resolve viajar e que a partir de 2022, se quiser fazê-lo, terá de pagar – bem – mais caro por isso. A praça mais emblemática para quem é da região será a localizada entre Toledo e Cascavel, trecho já inteiramente duplicado e praticamente sem nenhuma grande obra para realizar.

É a contrapartida pela alteração na modelagem proposta inicialmente pelo Governo Federal. Como diz o ditado…não existe dinheiro de graça! Muito menos alterações benéficas à sociedade. Não num país chamado Brasil, onde a ânsia pela arrecadação é tão insana quanto o desejo por um superfaturamento aqui, uma propina acolá…

Cada agente está cumprindo seu papel nesta tragédia anunciada, afinal, em 2022, além do pedágio, também haverá uma nova eleição e é claro que este será um dos assuntos dominantes no debate dentro do Estado do Paraná, que poderá até não mais ostentar o título de possuir o pedágio mais caro do mundo na proporção, entretanto, será um dos estados com maior número de praças disparado do país na proporção com os quilômetros a serem percorridos nas estradas capengas do estado.

O pedágio nosso de cada dia seguirá sendo cobrado pelos próximos 30 anos, uma vez mais com a conta ficando para aqueles que deveriam se beneficiar de um serviço decente, em estradas decentes. Mas é Brasil e ser decente é démodé

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