Paris em Foz
O Paraná está prestes a viver um marco histórico em seu cenário cultural. Desde segunda-feira (18), uma equipe técnica do Centre Pompidou de Paris, um dos mais renomados museus de arte moderna e contemporânea do mundo, está no Estado para avançar na implementação do Museu Internacional de Arte (MIA), que será construído em Foz do Iguaçu.
Tal projeto, que envolve o governo estadual, o Centre Pompidou, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e outros agentes culturais, não só representa um avanço para o Paraná, mas também um passo significativo para toda a América Latina.
O MIA ocupará uma área de aproximadamente 24 mil metros quadrados e contará com uma proposta arquitetônica inovadora, concebida pelo arquiteto paraguaio Solano Benitez e o engenheiro Rui Furtado. Durante a visita ao terreno onde o museu será erguido, a equipe francesa discutiu os próximos passos do projeto, com o objetivo de concluir o plano estrutural até janeiro de 2025. A licitação das obras está prevista para junho de 2025 com o investimento de R$ 200 milhões do governo estadual.
O impacto do MIA, porém, será muito mais abrangente do que a simples valorização estética de um novo espaço. O museu tem a capacidade de se tornar um verdadeiro motor de transformação social e econômica, não apenas para Foz do Iguaçu, mas para toda a região. Seu propósito vai além da exibição de arte, buscando integrar a comunidade local no processo de construção e operação, promovendo inclusão cultural e criando novas oportunidades. O MIA será um centro de intercâmbio cultural, possibilitando que as expressões artísticas locais se conectem com o resto do mundo.
A parceria com a Unila é um dos elementos-chave desse projeto. A universidade, que tem como missão promover a integração latino-americana, desempenhará um papel fundamental na adaptação do MIA à realidade local. A Unila garantirá que a comunidade participe ativamente do desenvolvimento cultural, contribuindo com políticas que atendam às necessidades da população e reforçando o papel do museu como um espaço de inclusão e troca cultural. A colaboração com a Unila também ampliará a troca de conhecimento e criará novas perspectivas para o MIA, tanto no que diz respeito à programação artística quanto ao engajamento da comunidade.
Foz do Iguaçu, já famosa mundialmente pelas Cataratas do Iguaçu, tem agora a oportunidade de se consolidar como um polo cultural de destaque na América Latina. O MIA trará exposições, residências artísticas, programas educativos e ações de intercâmbio cultural, atraindo turistas e profissionais de diversas partes do mundo. O impacto será direto na economia local, impulsionando setores como turismo, comércio e educação, além de criar novas oportunidades para os artistas da região. O museu se tornará um ponto de convergência entre a arte local e a arte internacional, promovendo um ambiente de inovação cultural.