Nesta sexta-feira (6), a partir das 16h com a presença do governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior, eis que com uma década de atraso será, finalmente, inaugurado o Hospital Regional. O ideal seria dizer reinaugurado, até porque o próprio prefeito Beto Lunitti em sua primeira passagem pela Prefeitura de Toledo inaugurou a obra. Mas, como o próprio disse numa rápida entrevista durante encontro dos prefeitos da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), no Biopark, a partir de agora este assunto é página virada.
Talvez o prefeito seja o mais coerente neste momento, até porque com a abertura e o atendimento, muitos dos erros, dos desmandos, das irregularidades, dos problemas ocorridos até este momento ficarão esquecidos, adormecidos nas ‘gavetas’ criadas num universo quase que paralelo da gestão pública brasileira onde se enaltecem as conquistas e se esquecem os demais assuntos.
Até porque para a esmagadora maioria da população o que se sabe apenas é que o Hospital Regional é uma obra que deveria ter sido de fato inaugurada em 2012 e não apenas em 2023. A sociedade brasileira em geral não se interessa por quanto foi gasto além da conta inicialmente prevista, afinal, no país continente o que não falta é dinheiro público para ser gasto.
Mas viremos a página e olhemos para o futuro. Evidente que todos torcem para o hospital dar certo, até porque não apenas amplia a oferta de leitos, em especial para atendimentos hoje demorados pela estrutura sobrecarregada, mas porque dará mais opções aos pacientes atendidos através do Sistema Único de Saúde (SUS). Não vai resolver todos os problemas, entretanto, traz certo alento à sociedade mais necessitada.
O uso político, claro, faz parte do processo e certamente já vem sendo preparado um caminho farto neste sentido. Paciência, pois a partir de agora é aplaudir a quem merece e esperar pelos desdobramentos de uma Justiça lenta, arrastada e que nem sempre pune a quem é de direito, ainda mais quando se passam 11 longos anos para construir uma unidade idealizada para ajudar a salvar vidas. Antes tarde do que nunca e que este 6 de outubro de 2023 possa mesmo ser um divisor de águas para que as próximas páginas relacionadas ao Hospital Regional a serem escritas sejam bem mais positivas que as elaboradas até agora.
