Após a polêmica em torno do aumento de salários dos vereadores, a Câmara Municipal de Toledo deverá retomar a discussão em breve porque será apresentado um novo Projeto de Lei para aumento do salário do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais a partir de 2025, ou seja, para a próxima administração. Embora o projeto inicialmente apresentado tenha sido rejeitado, o assunto retorna porque impacta diretamente no salário de alguns servidores públicos municipais, atingindo principalmente os médicos da Estratégia Saúde da Família, hoje represados em função do teto estabelecido pelo salário do prefeito.
A discussão será mais ampla, até porque uma audiência pública deverá ser convocada para explicar os motivos do aumento proposto – que deverá ser bem abaixo da primeira proposta encaminhada ao Legislativo. A ideia, ao menos pelo que se comenta nos bastidores, é de uma proposta semelhante ao projeto dos vereadores, ou seja, em torno de 5%, atendendo o índice da inflação oficial do último ano.
Caso venha nesses termos, o JORNAL DO OESTE será apoiador da causa por entender que pagar bons salários aos profissionais da saúde é primordial para se faze rum atendimento de qualidade e diferenciado no caso da Saúde da Família, até porque são profissionais que atendem 40 horas semanais e com especificidades muito particulares que os aproximam de cada paciente.
Além disso, partiu do JORNAL DO OESTE a ideia de reduzir significativamente o índice de reajuste dos vereadores, algo reconhecido publicamente pelo vereador Professor Oseias quando da sessão que decidiu pelo aumento ao citar o editor-chefe Márcio Pimentel que, em sua Coluna do Editor, sugeriu que os vereadores tivessem bom senso e compreendessem o momento pelo qual a sociedade brasileira atravessa, com redução de poder aquisitivo e consequente redução de gastos na esmagadora maioria das famílias,.
Este veículo de comunicação defendeu sempre o uso do bom senso quando das decisões ligadas ao que concerne o poder público e não agiria diferente num momento como esse. Mas é importante frisar: desde que a proposta não venha travestida de armadilhas, como muitas encaminhadas à Câmara e aprovadas com um peso muito pesado para a sociedade como um todo.
