Os próximos passos

Sim, ainda é cedo para se discutir o que será feito a partir de agora para que Toledo reocupe seu espaço no mundo político, mais precisamente na busca por eleger de novo um deputado estadual e buscar outra pessoa para se lançar candidato a deputado federal, isso pela lacuna incomensurável deixada pela morte prematura do deputado federal José Carlos Schiavinato, sepultado ontem após morrer, terça-feira à noite, em decorrência das complicações da Covid-19. Era quase certo que o ex-prefeito tentaria a reeleição e, pelo trabalho que vinha fazendo, suas chances eram bastante promissoras, especialmente pelo diálogo que vinha sendo mantido entre ele e o prefeito Beto Lunitti na tentativa de construir um novo momento na política local, pautado muito mais pela colaboração que pelas disputas infindáveis que tanto mal fizeram a ambos os principais lados do cenário político toledano.

Mas o cenário se transformou. E de maneira radical diante dessa tragédia.

Sae por um lado é cedo, por outro estamos a pouco mais de um ano da eleição de 2022, a primeira sem as coligações que durante anos foram fundamentais na formatação de chapas e candidaturas. Neste sentido é ainda mais imprescindível que as principais lideranças políticas e empresariais se unam em busca de soluções conjuntas, afinal, um cisão neste momento poderá representar o fim não apenas de uma tradição, mas de um trabalho contínuo que tantos benefícios trouxe a Toledo em toda sua história.

Independente de ideologias, o fato da cidade sempre ter tido representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal foi decisivo em momentos cruciais do desenvolvimento. Não fosse o trabalho desses representantes, certamente muitas obras e projetos teriam demorado mais ou simplesmente sequer teriam sido implantados na cidade.

O fato de não ter sido eleito um representante alinhado à cidade na eleição passada traz reflexos até hoje, pois tanto o ex-prefeito Lucio de Marchi quanto o atual, Beto Lunitti, ficaram à mercê do apoio até de deputados que aqui tiveram votos, entretanto, que não possuem uma ligação mais direta – e afetuosa – com as reais necessidades dos toledanos, algo que Schiavinato tinha de sobra.

Os próximos passos precisam ser dados o quanto antes, porém, precisam ser bem orquestrados sob pena de haver uma cisão definitiva e de consequências ainda piores para uma cidade que figura entre as maiores economias do Paraná, dona do maior Valor Bruto da Produção Agropecuária e de tantos outros números que orgulham sua gente. Números que precisam ser mais respeitados, tanto lá fora quanto aqui dentro.

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