Os desafios da Educação

Na última sexta-feira (18), na Câmara Municipal, houve a audiência de prestação de contas da Educação em Toledo e o grande problema, segundo as explicações oficiais, é a dificuldade para contratação de novos professores. Hoje a pressão do limite prudencial é tamanha que não é possível pensar em ‘inflacionar’ os quadros da secretaria. Entretanto, os desafios da Educação vão muito além do que simplesmente contratar mais gente ou pagar melhores salários. Uma nova geração está se formando e o sistema de ensino no Brasil, em geral, segue utilizando o modelo do tempo de cavernas.

Há, sem dúvida, belos exemplos de avanços e o JORNAL DO OESTE tem destacado alguns deles nos últimos tempo, com destaque para o Clube de Ciências do Colégio Estadual do Jardim Porto Alegre, ou os bons índices da Escola Municipal em Novo Sobradinho ou ainda o laboratório de ciências e robótica do Biopark. Mas é muito pouco diante do que se pode ou se imagina de uma educação não apenas avançada, mas de qualidade, mais adaptada aos novos tempos. Uma educação ou ensino mais voltado às reais necessidades de uma geração criada com outra velocidade e que, portanto, precisa ser preparada para o futuro próximo.

Fácil não é, sem dúvida, ainda mais num país com tamanha desigualdade. Todavia, é possível em nível municipal buscar alternativas mais adaptadas a esta nova realidade e não serão apenas tablets que resolverão o problema, afinal hoje existe forte corrente ideológica ainda dominando aquilo que deveria ser apenas técnico. Aliás, é justamente esse um dos maiores desafios da educação brasileira: vencer a barreira do idealismo sobre a técnica, da politicagem sobre o pragmatismo, do comodismo sobre a vontade em promover mudanças.

Bons salários ajudam? Não resta dúvida que sim, desde que os recebedores sejam cobrados na mesma medida, a fim de incentivar seus alunos e estudantes, motivá-los a aprender, a pensar, a refletir e raciocinar de maneira lógica e menos passional. Mas enquanto não houver mudanças profundas, a educação brasileira seguirá vivendo de espasmos, de exceções como as citadas mais acima, ocupando lugares cada vez mais baixos nos rankings de avaliação sérios e comprometidos com um futuro verdadeiramente melhor.

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