Obras abandonadas

O destaque da edição desta terça-feira é o abandono de mais uma obra pública em Toledo, fruto do não repasse de verbas por parte do Governo Federal, o que teria afastado empresas interessadas em seguir com a obra. Ao menos foi esta a explicação oficial dada pelo setor de Comunicação Social da Prefeitura de Toledo a respeito do abandono completo do prédio onde deveria estar funcionando, desde 2016, um Centro Municipal de Educação Infantil no Jardim da Mata, lima das regiões que mais empresas tem atraído nos últimos anos e onde mais se precisa deste tipo de investimento público.

Mas não é apenas por lá que a sociedade de Toledo sofre com o abandono de obras no setor de Educação. No Jardim Gisela o colégio estadual está fazendo mais um aniversário de tão demorada a construção. E o que dizer do antigo prédio do Colégio Olivo Beal, no Centro da cidade, um esqueleto a céu aberto e a prova da incapacidade administrativa do poder público. Aliás, estas obras são apenas o reflexo dessa incapacidade, para escrever o mínimo.

Atraso em repasse de verba é outro péssimo exemplo da falta de planejamento, pois se uma obra está prevista para acontecer, no mínimo deverão existir o dinheiro equivalente dentro do orçamento. Isso serve para qualquer prefeitura, estado ou para a União. Uma creche que deveria ter entrado em funcionamento em 2016 segue inacabada 8 anos mais tarde, servindo de abrigo para desocupados depredarem o dinheiro que é público, portanto, de todos.

Não existe desculpa qualquer que consiga contornar a incompetência. Entretanto, diante da passividade social isso segue se repetindo. E olha que estamos falando de uma cidade como Toledo, onde os órgãos competentes ainda funcionam e uma parte da imprensa ainda cumpre seu papel de denunciar o que não está correto.

Onde estão os vereadores que não fiscalizam, não cobram, não denunciam? Onde está o Ministério Público que se cala diante desse absurdo? Onde estão os próprios professores que gostam de alarde? Por onde andam os protestos orquestrados por entidades de classe?

Nada! Silêncio total porque são obras que, mesmo inacabadas, pelo jeito não fazem falta.

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