O trânsito

Na segunda-feira (1º), durante reunião com a comunidade, foram apresentadas propostas para melhorar a trafegabilidade nos Jardins Pancera, Filadélfia, Parizotto e demais loteamentos da região. Entre as principais mudanças está a implantação de um binário formado pelas Ruas Senhor dos Passos (sentido Bairro – Centro) e Bezerra de Menezes (sentido Centro – Bairro), além de alterações no estacionamento da Rua Guaíra. Alterações que o JORNAL DO OESTE tem defendido há tempos e que já poderiam ter sido implantadas. Antes tarde do que nunca, é claro.

Mas não será apenas com isso que o trânsito de Toledo vai melhorar, assim como também não será distribuindo semáforos pelos quatro cantos da cidade. Os binários são uma ferramenta importante, mas é preciso ousar mais, pensar para a frente, projetar o futuro e não apenas ficar remendando problemas pontuais que com o passar do tempo, o crescimento da cidade e o consequente aumento da frota tornarão a se repetir se obras estruturais não forem projetadas ou realizadas.

Em alguns pontos, ao invés de mais semáforos, rotatórias poderiam ser adotadas, trazendo mais segurança e fluidez ao trânsito que em Toledo parece ser pensado para travar mesmo. Outro exemplo é o fim deste estacionamento em transversal, um risco para quem estaciona e para quem trafega diante da falta de visibilidade em alguns casos. Barão do Rio Branco e Maripá são apenas dois exemplos dos riscos que diariamente os motoristas que trafegam por estes espaços correm.

O trânsito não se baseia apenas em paixões particulares, em crenças individuais. O trânsito, especialmente o de uma cidade em franca expansão como é Toledo, precisa vislumbrar anos à frente, décadas até. Nunca é demais lembrar que existem projetos que, caso se concretizem na íntegra, farão a população de Toledo praticamente dobrar nos próximos 10 anos e, com a configuração de hoje, o que é complicado poderá se tornar caótico.

Ainda há tempo de correções e as medidas no Pancera são um exemplo disso. É preciso mais e mais rápido, sob pena da velocidade do trânsito real das ruas ultrapassar o freio da gestão pública.

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