O sinal que salva

A data de 8 de março ainda se divide. Enquanto algumas mulheres recebem flores, presentes e um jantar especial; outras são esquecidas e, muitas vezes, caladas pelo medo, pela intimidação, pelo receio em perder a vida. Para as ‘invisíveis’ as lutas por dignidade, respeito e um simples ato de amor são tomadas pelos espinhos das rosas.

A sociedade e o comércio pintam lindamente este dia. Aplausos para aqueles de que fato reconhecem a data e fazem dela um dia marcante; mais um dia para expressar carinho, para enaltecer a mulher, para valorizar quem conhece o seu valor.

Existem motivos para que a data seja comemorada, mas também existe uma série de mudanças que ainda precisa acontecer. As lutas por conquistas culturais, sociais e políticas continuam. E luta pela própria vida também. O medo de expor a dor e a humilhação de ser vítima de violência doméstica já não tem calado todas as bocas. Muitos gritos de socorro estão sendo escutados. E dessa forma a luta continua.

Infelizmente, têm aquelas que ficam as ‘margens da sociedade’. Casos de violência doméstica assombram essas guerreiras que precisam de voz e vez. Assegurar os direitos dessas mulheres envolve políticas públicas e órgãos de segurança para que a vida com dignidade prevaleça.

Durante a história, as mulheres protagonizaram grandes manifestações. Uma delas é aquela que defende sua própria liberdade e conquistas culturais, sociais e políticas. Cultivar, reafirmar e promover direitos regem a data de 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Para muitas, a luta é pela vida.

Nesta semana, que comemora o Dia Internacional da Mulher, Toledo teve o registro de uma mulher que teve forças para marcar a palma de sua mão com um X. Um X que pode salvar vidas; um X que pode ajudar a trazer a liberdade em relação ao agressor; um X que pode representar o início de uma nova história.

‘Em caso de marido e mulher tem que meter a colher’. A sociedade precisa fazer isso. A sociedade não pode fechar os olhos para a violência contra a mulher. É preciso ter sensibilidade e ação diante de um X vermelho na palma da mão da vítima. Que este 8 de março seja lembrado por aqueles que têm uma mulher para amar e respeitar, seja ela mãe, irmã, filha, esposa, namorada, amiga, que zelam por essas vidas. Que a data de 8 de março seja mais a lembrança de um momento histórico, de uma data comercial, que seja um sopro de esperança para todas aquelas que ainda não conseguiram fazer o X do socorro.

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