O ‘perigoso’ mosquito Aedes aegypti
Ano novo e problemas velhos. Dengue não é nenhuma novidade. Os cuidados não mudaram. As orientações de prevenção do mosquito Aedes aegypti – que também é transmissor da doenças Zika e Chikungunya – não mudaram. O que também não mudou como deveria foi o comprometimento de parte de população.
Mosquito não conhece ‘fronteiras’, não sabe, não escolhe região, classe social, idade. Infelizmente, ele pode entrar nas casas, nos ambientes de trabalho, os locais com mais criadouros potencializam as chances de proliferação e contágio da doença.
As faixas etárias, todas são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas com mais idade, principalmente, aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, infelizmente, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar ao óbito.
O 21º Informe Epidemiológico da dengue, publicado na última terça-feira (17) pela Secretaria de Estado da Saúde, aponta o registro de 2.435 casos confirmados da doença no Paraná. São 151 a mais que na semana anterior. Também há 1.898 novas notificações, o que representa aumento de 5,7% em relação ao boletim passado.
Em relação ao acumulado ao acumulado – no período de agosto de 2022 até 17 de janeiro – os dados contabilizam 35.174 casos suspeitos de dengue. Os 2.435 confirmados representam 7% deste total. Dos confirmados, 1.912 (78%) são autóctones, ou seja, a dengue foi contraída no município em que reside. Há, ainda, 6.456 casos em investigação, 23.121 descartados e 3.162 inconclusivos.
Tirar dez minutinhos, uma vez na semana, para dar aquela geral no lote, limpar, tirar tudo o que pode ser tornar criadouros, já deveria fazer parte da rotina e não exigir insistentes campanhas de conscientização. São dez minutos pela saúde, pela cuidado, pela vida.
A dengue é uma doença febril e que tem gerado impacto na saúde pública nos últimos anos. O aumento de casos coloca cada vez mais as autoridades sanitárias em situação de alerta, afinal é preciso evitar um surtou uma ou epidemia de dengue. Contudo, mesmo com todos os esforços, campanhas, mobilizações para coleta de lixo e entulhos, os órgãos públicos não têm o poder para evitar o pior se a população não colaborar, não fizer a sua parte.
A campanha de tirar dez minutos, uma vez por semana, para fazer uma limpeza, fiscalizar o quintal e eliminar as possíveis fontes que podem se tornar criadouros, para muitos parece algo impossível, ou simplesmente sem necessidade, porém é algo necessário e que reflete no cuidado e proteção do coletivo.