O mundo dá voltas…
…e voltas…e voltas…e voltas sem parar e a história, ah essa senhora sem pressa, aguarda pacientemente até se repetir quantas vezes forem necessárias até o ser humano, ah esse senhor sem noção de tempo, dar-se conta da necessidade de evoluir, se tornar-se uma pessoa melhor. Mas não é isso em geral que os fatos ensinam a quem deseja aprender, tanto assim que nesta quinta-feira (24) a Rússia atacou a Ucrânia com bombardeios contra alvos militares em Kiev, Kharkiv e outras cidades no centro e no leste depois de o presidente Vladimir Putin ter autorizado uma operação militar nos enclaves separatistas do leste do país, segundo o ministério da Defesa da Rússia. No começo da manhã, no horário local, sirenes antiaéreas soaram nas cidades de Kiev e Lviv, numa cena rara na Europa desde o fim da 2ª Guerra Mundial.
Uma guerra que acabou no campo, entretanto, intensificou-se no terreno militar e na disputa política por território – por poder e dinheiro. Assim aconteceu após o fim da 1ª Guerra Mundial, o que levou à ascensão de governos populistas e autoritários ao extremo. Qualquer semelhança com o atual momento não é mera coincidência. Não apenas na Rússia isso acontece. Países como China, Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, entre outros, seguem sendo regidos por regimes baseados na política do absolutismo.
Não é uma defesa deste ou daquele regime, até porque os Estados Unidos recebem a alcunha de super potência não apenas pelo – já comprovado – poderio militar ou pela sua benevolência, mas também porque graças a uma política de intervenção – e também de invasão – conseguia manter o poder citado anteriormente. Não que o combate a esse tipo de política possa servir de justificativa para o que acontece na fronteira entre Ucrânia e Rússia neste momento, pois as consequências para o mundo serão catastróficas a cada novo dia deste conflito. Catastróficas porque não vão terminar como uma discussão de bar. Lá há diferenças históricas, de séculos de disputa.
O mundo dá voltas e muitas delas o levam ao caos completo. Uma vez mais isso se repete e não há muito a ser feito a não ser torcer para a solução mais rápida e menos traumática, embora os traumas e as consequências jamais poderão ser superadas por completo enquanto a humanidade existir. É a sua natureza destrutiva aflorando da pior espécie possível.