O modal de transporte

Matheus Ramos, assessor da Casa Civil do Governo do Paraná, visitou o JORNAL DO OESTE nesta segunda-feira (16) e, entre vários assuntos, abordou o projeto de construção da ferrovia que pretende ligar Maracaju, um dos principais polos do agro de Mato Grosso do Sul, ao porto de Paranaguá, impactado diretamente 67 municípios em três estados. A ideia é fomentar o modal ferroviário que é uma alternativa mais barata e segura em relação ao principal modal usado no Brasil: o transporte rodoviário.

Importante frisar que em países onde se usa mais trens como meio de transporte, os caminhões são usados de maneira diferente, em viagens mais curtas, ‘abastecendo’ as ferrovias de cargas. No Brasil o caminhão ainda é o mais importante meio de transporte de cargas, entretanto, começa a sofrer um problema que atinge outras categorias profissionais: a escassez da mão de obra. Ah, sim, hoje está difícil contratar motoristas profissionais e, por mais que haja esforço em várias frentes, ainda assim existe muita oferta de emprego nessa área sem preenchimento.

Vários são os motivos para compreender porque o Brasil demorou tanto tempo para entrar de vez no uso do trem como meio de transporte de carga. Mas, como bem diz o ditado: antes tarde do que nunca! E, neste sentido, o Paraná vem sendo um grande defensor de um novo modelo que, ao invés de funcionar em parcerias, que seja administrado pela iniciativa privada por um período de tempo condizente com o valor investido, ‘copiando’ modelos de sucesso em várias outras frentes mundo afora.

Pela proposta original, o projeto será leiloado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O investidor privado que arrematar a ferrovia será responsável pela construção do trecho completo, de 1.567 quilômetros, incluindo os ramais entre Foz do Iguaçu/Cascavel, Chapecó/Cascavel e Dourados/Maracaju. O documento prevê um investimento total de R$ 35,8 bilhões, já incluindo o trecho Cascavel/Chapecó, com obrigação de começar as obras pela ligação entre Cascavel e Paranaguá (contrato de adesão) e o vencedor do processo terá sete anos para executar a obra, com 99 anos de exploração.

E o Oeste neste projeto? Bom, no que depender da paixão do governador Ratinho Junior, o Oeste será protagonista para, quem sabe, começar a colocar nos trilhos, literalmente, a força que a região produz e que merece o devido reconhecimento.

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